Desalojantes elevam até 40% eficiência dos inseticidas

Produtos com alta tecnologia são aliados dos produtores no controle de pragas como as lagartas, ácaros, cigarrinhas e percevejos nas culturas

Publicado em 2 de outubro de 2023 às 11h00

Última atualização em 2 de outubro de 2023 às 11h00

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Insetos, ácaros e pragas como percevejos, cigarrinhas e lagartas têm uma movimentação natural de defesa nas lavouras, eles buscam ficar mais “escondidos” embaixo das folhas e das estruturas das culturas e ainda na própria palhada, utilizada para o sistema de plantio direto. Este cenário acaba por gerar um problema na hora da aplicação dos insumos de controle a esses invasores, comprometendo muitas vezes, de 30% a 40% a eficácia dos produtos, já que a quantidade de inseticida não atinge 100% o alvo, e acaba sendo menor do que o desejável.

Créditos: Shutterstock

Para ajudar o produtor rural a enfrentar a situação, existem hoje no mercado tecnologias modernas como os adjuvantes desalojantes, que possuem efeito repelência e fumegação que fazem com que uma maior movimentação da praga. “Dessa maneira os desalojantes tornam-se uma importante ferramenta de manejo, até do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Como é o caso do produto Upside, desenvolvido por nós, e que ao ser acrescido a calda com inseticidas promove uma ação de fumegação com gás denso, faz com que as pragas e insetos se movimentem de uma maneira mais rápida e assim fiquem mais expostas”, explica, Alexandre Gazoni, engenheiro agrônomo e diretor comercial da Sell Agro.

A solução, após aplicada na lavoura, faz com que os insetos deixem seus esconderijos e entrem em contato com os inseticidas aplicados. O especialista destaca ainda que, no caso do Upside, há em sua composição elementos que causam irritação dérmica e olfativa, ocasionando uma irritabilidade no inseto, fazendo com que o mesmo aumente significativamente sua movimentação e se exponha mais aos agentes aplicados, resultando em maiores índices de contaminação. Ele reforça que o efeito de fumegação do produto pode durar até 72 horas. “Isso eleva consideravelmente o período de ação dos inseticidas”, reforça Gazoni.

Esta é uma importante ferramenta para otimizar as aplicações e também economizar com os produtos. “Dessa maneira, o produtor não tem desperdício nem aumento de doses desnecessárias, otimizando a eficácia do manejo e, de quebra, economizando”, pontua o especialista. O produto é compatível também com bioinsumos.

Arma para os percevejos na soja

Os sugadores estão presentes nas lavouras de soja desde o período vegetativo e se estendem até o final do reprodutivo, incluindo o Percevejo-marrom (Euschistus heros). Essas pragas chegam a causar danos de mais de 30% de perdas se não realizado o controle de maneira correta. Esse manejo ineficaz ou pouco assertivo, inclui a limitação de inseticidas com diferentes mecanismos de ação. Para comprovar a eficácia do adjuvante desalojante Upside, a Sell Agro realizou um estudo em parceria com o Centro de Pesquisa Agropecuária, em Cerejeiras, Rondônia. Na avaliação para nível de controle de ninfas do percevejo, houve incremento significante na eficiência dos inseticidas testados, quando comparado a testemunha.

Chegando ao alvo, outros processos acontecem e merecem gerenciamento. A gota cai na folha e se adere a ela, para que em uma ocasional chuva, não seja lavada e perca a aplicação, e sim seja absorvida pela planta para que ocorra o tratamento requerido. “Esses processos são potencializados com a presença de adjuvantes espalhantes adesivos. Já os surfactantes e penetrantes, reduzem a resistência da camada cerosa das folhas, ocorrendo então a penetração da gota mais facilmente”, sinaliza o pesquisador.

Depois de descrito esses três pontos, o especialista diz que o produtor precisa então levar em consideração, o que quer, um adjuvante que atue em todas essas etapas ou um específico? Se para todas elas, ele orienta para um com capacidade de atuação multitarefa, ou seja, antiespumante, condicionador de calda, compatibilizante, anti evaporante, redutor de deriva, espalhante adesivo e por fim penetrante.

Então como é que o produtor deve escolher um adjuvante? Hilário é enfático: “não escolher pelo preço, optando pelo mais barato.  E sim buscar um produto que tenha a maior quantidade de propriedades que deseja”. O pesquisador completa destacando que se a melhor opção a ele for um adjuvante específico, recomenda-se optar por aquele que tenha os melhores resultados para aquele ponto.

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