Cresce a geração de energia com biomassa florestal via cavaco

Crédito Fibria

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 07h31

Última atualização em 13 de fevereiro de 2017 às 07h31

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A participação das fontes renováveis no consumo brasileiro de energia é de 40%, contra 60% das fontes não-renováveis (fósseis e nuclear). Os produtos derivados da lenha, como cavaco, briquetes e pellets têm crescido devido à necessidade de automação e transporte a longas distâncias. No caso específico da geração de energia elétrica por fonte, o Brasil teve a participação prioritária de fontes renováveis de mais de 80%, em 2014, principalmente hidráulica, com mais de 60% e a biomassa, com 8,82%. A contribuição do bagaço é grande, porém, no caso da biomassa florestal com cavaco de resíduos de madeira, vem crescendo sua participação.

Existem várias tecnologias disponíveis no mercado para a transformação da biomassa florestal em energia, combustíveis e materiais. O aproveitamento de resíduos para gerar energia é uma oportunidade de novos negócios que não pode ser esquecida quando o assunto é o uso racional dos recursos florestais.

Historicamente, o Brasil sempre usou a biomassa da floresta para alimentar os processos produtivos, seja em um simples fogão à lenha na zona rural até as caldeiras da indústria. Isso não pertence ao passado – está presente até hoje de Norte a Sul do País, mas uma característica deve ser notada; o uso de tecnologias eficientes.

Assim, tanto cavaco como briquete e pellet são produzidos pela transformação de lenha, resíduos florestais ou da indústria de base florestal para tornar os processos industriais mais eficientes, automatizáveis e permitir o comércio viável. Eles têm usos semelhantes à lenha tradicional na cogeração.

Automação

Cavaco é sinônimo de automação dos processos de queima e controle de temperatura, porém, tem alta umidade (30-35%), o que reduz um pouco as distâncias economicamente viáveis a que pode ser transportado. Equipamentos automáticos de transporte dentro das fábricas, como esteiras transportadoras e roscas alimentadoras, são perfeitamente usados com esse biocombustível sólido.

No caso da fabricação de briquetes e pellets, eles podem ser produzidos pelo aproveitamento de resíduos, como serragem, maravalha, etc., têm baixa umidade e também são bons para automação, principalmente pellet e “bolachas” de briquetes. A secagem prévia da matéria-prima proporciona maior rendimento térmico na queima e viabiliza o transporte em largas distâncias, inclusive o transporte marítimo.

Obstáculo

Uma grande deficiência existe hoje no setor florestal não integrado, excetuando, por exemplo, os plantios destinados à indústria de celulose. Trata-se da falta de informação e de dados estatísticos.

Várias perguntas ainda aguardam respostas como, por exemplo: Quantos picadores de lenha existem atualmente em operação no País? Quais as suas capacidades, localização e marcas? Quais os fornecedores nacionais e importados? São estacionários ou móveis? Onde estão as florestas e quais as suas aplicações? Quantas briquetadeiras existem hoje no País, marcas, capacidade e fornecedores?

Em síntese, os esforços devem se concentrar na busca constante de sustentabilidade e renovabilidade nas atividades florestais, eficiência energética e eficiência nos processos de produção de cavaco, briquetes e pellets, no uso racional dos recursos naturais, construir bancos de dados para sanar a falta de estatísticas confiáveis para o mercado de briquetes e de cavaco, investir e desenvolver a criatividade.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro/fevereiro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

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