COP das Baixadas 2025 reúne juventude e periferias de Belém pela justiça climática

Evento em Belém discutirá justiça climática com juventude e comunidades periféricas, unindo debates, oficinas, mobilizações e cultura.
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A 3ª edição da COP das Baixadas 2025 será realizada nos dias 22, 23 e 24 de agosto, no Curro Velho, na Vila da Barca, em Belém (PA). O evento, totalmente gratuito e aberto ao público, reunirá moradores, coletivos sociais, pesquisadores, organizações da sociedade civil e artistas para discutir justiça climática a partir das periferias amazônicas – territórios entre os mais impactados pelas mudanças climáticas.

A expectativa é reunir cerca de 800 participantes, entre lideranças comunitárias, jovens e parceiros institucionais. A programação inclui painéis, tribunais simbólicos, oficinas, mobilizações comunitárias e apresentações culturais, ampliando a participação popular no debate climático.

Origem e protagonismo da COP das Baixadas

A iniciativa nasceu da própria juventude local, ainda antes da confirmação da COP30 em Belém. As edições de 2023 e 2024 consolidaram o espaço como um movimento de incidência política e cultural, promovendo educação climática, esporte e lazer nas periferias.

Segundo a historiadora e ativista socioambiental Ruth Ferreira, a COP das Baixadas 2025 mostra que soluções não surgem apenas dos grandes fóruns internacionais, mas também das comunidades que já praticam resistência e cuidado com os territórios.

Programação diversificada e mobilização comunitária

O evento terá início na sexta-feira (22), com credenciamento, mística de boas-vindas e mesa de abertura sobre financiamento climático nas periferias. O destaque será o lançamento da revista Vozes da Vila, produzida por adolescentes da comunidade.

No sábado (23), acontecem mesas simultâneas, oficinas e tribunais simbólicos. Já no domingo (24), haverá o “Pedal Rumo à 3ª COP das Baixadas”, saindo de Águas Lindas, seguido de cortejo, oficinas e programação cultural com hip hop e DJs da Barca.

Yellow Zones: descentralizando a COP

Um dos diferenciais é a criação das Yellow Zones, espaços comunitários que levam o debate climático para dentro das periferias. Esses núcleos descentralizados funcionam como contraponto às tradicionais zonas verdes e azuis das COPs oficiais.

Entre os espaços já em atividade estão o Gueto Hub, o Espaço Eco Amazônia (Jurunas) e a Biblioteca Comunitária Barca Literária (Vila da Barca). Até o final de agosto, a previsão é que sete Yellow Zones estejam ativas em Belém.

Para os organizadores, a COP das Baixadas 2025 reafirma o protagonismo das comunidades amazônicas e das juventudes periféricas, colocando-as como construtoras de agendas globais.

A iniciativa conta com apoio de organizações como WWF-Brasil, Fundação Avina, Oxfam Brasil, Instituto Clima e Sociedade (iCS), entre outras.

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