Controle de verminoses no periparto permite aumentar a eficiência na produção leiteira

Estudo conduzido no Brasil mostra os benefícios da Eprinomectina no controle das verminoses e no incremento da produção de leite
A large black and white cow against the background of the sky and clouds. Selective focus

Publicado em 2 de julho de 2024 às 08h45

Última atualização em 2 de julho de 2024 às 08h45

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Divulgação

As verminoses gastrointestinais representam um desafio significativo para pecuária leiteira, afetando diretamente a saúde, o bem-estar e a produtividade das vacas leiteiras. Os sinais clínicos das infecções pelos principais vermes redondos gastrointestinais incluem anemia, diarreia, perda de apetite, perda de peso e fraqueza geral. Entretanto não é comum observar estes sinais, especialmente nos bovinos adultos, quando a manifestação mais comum é a subclínica. Mesmo nas infecções subclínicas por vermes redondos pode haver o comprometimento nutricional dos animais, com perda de nutrientes e menor eficiência alimentar. Isso pode impactar negativamente a produção leiteira.  Desta forma, as perdas determinadas pelos vermes englobam prejuízos produtivos e econômicos aos pecuaristas.

O impacto das verminoses é ainda mais crítico no período do periparto. Durante esta fase há uma imunossupressão natural da imunidade geral nas fêmeas. Principalmente entre 8 à 6 semanas antes do parto até cerca das 6 a 8 semanas após o parto, os efeitos negativos das verminoses pode se agravar, prejudicando ingestão de alimentos e agravando ainda mais o Balanço Energético Negativo (BEN), comum nesta fase nas vacas leiterias. Consequentemente há prejuízos para a produção de colostro e leite na lactação seguinte ao parto, além de também poder haver comprometimento na eficiência reprodutiva pós parto.

Como visto as infecções por vermes redondos gastrointestinais afetam não apenas a saúde das vacas, mas a sustentabilidade de toda a cadeia leiteira. Desta forma, a prevenção se mostra uma aliada indispensável aos produtores.

No campo, os resultados obtidos com a eprinomectina, princípio ativo do Eprecis® da Ceva, já são amplamente conhecidos pelos pecuaristas. A eprinomectina é a molécula endectocida mais moderna possuindo alta potência contra as principais verminoses e curto período de carência, sendo de ZERO dias para o leite e de apenas 12 dias para o abate. Eprecis® além de promover o controle das principais verminoses gastrointestinais também atua no controle das infestações por importantes parasitos externos dos bovinos determinadas pelo  berne, o carrapato e a mosca-do-chifre. Também controla a estefanofilariose ou úlcera do úbere, sendo este fato uma exclusividade de Eprecis® uma vez que é o único produto chancelado pelo MAPA para o tratamento desse problema, que costuma ser mais comum nas vacas em lactação.

Um estudo conduzido na Região Sul de Minas Gerais, avaliou o efeito da administração de uma dose injetável de Eprecis® na produção de leite de vacas leiteiras naturalmente infectadas por nematódeos gastrointestinais durante o periparto. Foram selecionadas 192 vacas saudáveis e prenhes, de cinco rebanhos diferentes, que não haviam sido tratadas com endectocidas nos últimos 120 dias ou com anti-helmínticos específicos nos últimos 60 dias. As vacas foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo tratado com eprinomectina e o grupo controle que recebeu o placebo do produto. Cada grupo foi composto por 96 animais.

Os tratamentos foram administrados no período periparto de acordo com as datas previstas para os partos, corroendo entre 7 dias antes e 7 dias após o parto.  Amostras individuais de fezes foram coletadas semanalmente, desde 8 semanas antes até a 7ª semana pós-parto, para a realização dos exames de contagens de Ovos de vermes por Grama de Fezes (OPGF).

Durante a condução do estudo, a produção diária de leite foi medida semanalmente, após o parto até a 7ª semana pós-parto. Os resultados dos exames parasitológicos e da produção de leite foram comparados estatisticamente.

Os resultados mostraram diferença significativa (P<0.05) nas contagens médias de OPG entre os dois grupos nas primeiras semanas após o parto, sendo estatisticamente menores no grupo tratado com Eprecis® (p<0,05).

A análise também mostrou que a produção de leite foi influenciada pelo tratamento. Durante período de avaliação da produção leiteira (7 semanas ou 49 dias pós-parto) as vacas do grupo Eprecis® produziram mais leite, sendo a produção média diária de 20,6 Kg/dia versus 19,4 Kg para as vacas do grupo controle (p=0,0002). Portanto houve uma produção média de +1,2 Kg de leite por dia para as vacas do grupo tratado com Eprecis®, totalizando +58,8 Kg por vaca deste grupo (p<0,05).

Desta forma, foi possível concluir que o tratamento de vacas leiteiras na semana do parto com Eprecis®, em dose única, reduz a contagem de Ovos Por Grama de Fezes e melhora a produção de leite no pós-parto.

“Esses resultados são altamente relevantes para a produção leiteira, uma vez que demonstram que o controle eficaz de nematódeos gastrointestinais pode melhorar significativamente a saúde dos animais e aumentar a produtividade leiteira. Isto contribui para uma produção mais eficiente e sustentável, reduzindo a necessidade de tratamentos frequentes e os custos associados aos mesmos”. declara Rafael Queiroz, médico veterinário gerente de produtos da Linha Leite da Ceva Saúde Animal.

O controle eficaz de parasitas nas fêmeas bovinas priorizando o periparto é fundamental para assegurar a saúde dos animais e a produtividade. Uma abordagem integrada que combina tratamentos antiparasitários, nutrição adequada e monitoramento contínuo é essencial para minimizar os impactos negativos das principais parasitoses. A adoção de estratégias baseadas em evidências científicas e ajustadas às condições específicas de cada rebanho pode melhorar significativamente os resultados sanitários e econômicos das propriedades leiteiras.

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