Consumo de pistache viraliza nas receitas

Cresce o interesse dos consumidores, impulsionado por novas descobertas de suas aplicações na culinária
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No último ano, o pistache se tornou uma febre nas redes sociais, conquistando o gosto de milhares de brasileiros. Como resultado, as importações desta oleaginosa presenciaram um aumento significativo.

Diversas marcas do setor alimentício exploraram o potencial da oleaginosa nos últimos meses, aproveitando a tendência e a alta do consumo. Foi o caso da Baccio de Latte, Croasonho, Bachir, Burger King, Cacau Show, entre muitas outras. É o que revela um estudo realizado pela Vixtra, fintech de soluções para importadores, com base em dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Números impressionam e atraem produtores. Segundo dados da Secex, o valor total de importação apresentou um aumento de 90,58% nos primeiros cinco meses de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disso, é interessante destacar que o preço por quilograma permaneceu relativamente estável, mantendo-se em US$13,7, o que representa uma queda de 5% em relação a 2023.

Esse cenário sugere um aumento no volume de importações sem um impacto negativo no preço unitário, indicando possíveis mudanças na demanda ou na eficiência logística do mercado internacional. O mês de maio registrou um aumento exponencial no valor e no volume de importação de pistache em comparação ao mês anterior, com aumentos de 232 e 257%, respectivamente.

Esse crescimento expressivo pode ser atribuído a uma combinação de estratégias de mercado, condições econômicas e fatores climáticos que moldam a dinâmica das negociações globais deste produto específico.

“É importante destacar que o Brasil não cultiva o pistache em escala comercial, o que explica a necessidade de importação para atender à demanda crescente”, diz Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra.

Do mundo para o Brasil

O levantamento aponta a origem dos três principais países exportadores do pistache para o Brasil: os Estados Unidos, em primeiro lugar, com 87% das exportações, seguido do Irã, com 8%, e Argentina, com 5%. “Os Estados Unidos são o principal exportador de pistache por conta da extensa área cultivada na Califórnia, onde o clima similar ao território mediterrâneo oferece as condições ideais para o crescimento da castanha. O Irã também é reconhecido como um dos maiores produtores de pistache do mundo devido à longa tradição na cultura e cultivo desse produto. E a Argentina, por sua vez, se destaca devido ao solo e clima adequados, além de estar mais próxima do Brasil, diminuindo os custos de transporte”, analisa Leonardo.

Aumento de importações não para por aqui

As expectativas em relação ao mercado de pistache no Brasil para os seguintes meses são de continuidade no aumento das importações, impulsionado por novas descobertas de suas aplicações na culinária e o crescente interesse dos consumidores. Além disso, a ampliação de parcerias comerciais e a busca por fornecedores que ofereçam qualidade e preços competitivos também devem contribuir para esse crescimento nas importações.

“Diante desse cenário, é esperado um esforço contínuo para encontrar fontes confiáveis de fornecedores globais, visando garantir um abastecimento consistente”, conclui Baltieri, animado com os próximos resultados.

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