Compostos orgânicos geram aumento de produtividade e qualidade nas lavouras

Crédito Shutterstock

Publicado em 30 de julho de 2015 às 07h00

Última atualização em 30 de julho de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Água, Biológico, Café, Cálcio, Cerrado, Composto orgânico, Enraizamento, Matéria orgânica, Mecanização, Nitrogênio, Orgânicos, Resíduos e muito mais!

 

Carlos Henrique Eiterer de Souza

Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia, professor adjunto do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e Diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Geociclo Biotecnologia S/A

Roberta Fusconi

Bióloga, doutora em Biologia e consultora técnica em Microbiologia/Pesquisa & Desenvolvimento Geociclo Biotecnologia S/A

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

A agricultura brasileira ano a ano tem se destacado no cenário mundial por consecutivos recordes de produção, alavancando e tornando-se braço importante da economia nacional. Apesar das imprevisibilidades cambiais e climáticas, na última safra batemos a casa de 200 milhões de toneladas de grãos colhidos, e ainda somos grandes produtores e exportadores de produtos como soja, café, frutas tropicais, além de determos grande fatia do mercado internacional de produtos derivados de suínos, aves e bovinos.

No entanto, para mantermos a atividade competitiva somos reféns, principalmente devido às características dos nossos solos, da utilização maciça de fertilizantes de baixa eficiência e produtos para o estímulo do desenvolvimento vegetal associado ao controle ou prevenção da incidência de pragas e doenças. Nesse sentido, a agricultura busca a quebra de paradigmas afim do aumento dos índices produtivos, controle mais eficiente dos custos de produção e relações entre investimentos e lucratividade da atividade produtiva.

Vantagens competitivas recaem sobre a agricultura de Cerrado, na qual o relevo se caracteriza por extensas áreas planas a levemente onduladas constituídas por solos profundos, porosos e com baixa retenção de água. Tais características permitem o emprego de mecanização constante e o cultivo de mais de duas safras anualmente.

No entanto, também são responsáveis pelo emprego de altas doses de fertilizantes e da baixa eficiência na sua utilização. Estima-se que, para cada 100 kg aplicados, sejam aproveitados pelas plantas 50 kg de nitrogênio, 70 kg de potássio e entre 20 e 35 kg de fósforo.

Mitos e verdades

Tema de discussões diversas, essa temática vem sendo debatida nos últimos anos e, de maneira geral, fatalmente a mudança desses números passará pela melhora da qualidade e tecnologia empregada nos fertilizantes, bem como das técnicas ou práticas envolvidas na sua utilização e manejo geral da lavoura.

Nesse contexto, um dos pontos importantes envolve as características químicas dos solos, que apresentam em sua maioria baixa fertilidade natural associada à baixa atividade de suas argilas, que conceitualmente denominamos como CTC (Capacidade de Troca Catiônica). A CTC é a responsável pelo fornecimento de nutrientes catiônicos às plantas como potássio, cálcio e magnésio, retenção de água e equilíbrio entre presença de formas disponíveis de nutrientes como fósforo e micronutrientes.

Uma vez que a qualidade química é diretamente relacionada ao tipo de argila presente nos solos, uma forma de alterá-la seria o aumento de substâncias húmicas, conhecidas como matéria orgânica do solo ou húmus. Naturalmente as substâncias húmicas são provenientes da decomposição de resíduos vegetais e animais promovidas pela atividade de microrganismos presentes no próprio solo, e condicionados principalmente por fatores como resíduos, umidade e temperatura.

Assim, a matéria orgânica humificada é de fundamental importância para a qualidade do solo, uma vez que desempenha papel primordial nas mudanças das características físicas, químicas e biológicas do solo.

Além de estimular a atividade microbiana do solo e ser fonte de macro e micronutrientes essências às plantas, a adição de matéria orgânica propicia melhorias na estrutura do solo, na aeração, e na capacidade de retenção de água. A soma destas melhorias favorece o enraizamento das plantas no solo e um crescimento mais equilibrado das culturas.

Incremento do solo

Uma das formas de adicionar matéria orgânica ao solo das lavouras é a utilização de composto orgânico proveniente de processos de compostagem de resíduos do setor produtivo. Estes resíduos, hoje considerados subprodutos ou matérias-primas, segundo o Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), podem ser de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou não com nutrientes minerais.

O processo de compostagem para a produção de fertilizantes orgânicos é reconhecido e normatizado pelo MAPA, e promove e garante a produção de adubos orgânicos isentos de contaminantes químicos e biológicos, com garantias nutricionais adequadas a o seu uso.

Contudo, existem dificuldades no mercado quanto à credibilidade de fornecedores de compostos orgânicos, caracterizado pela informalidade, baixa qualidade ou não garantia da qualidade do que é entregue aos produtores.

Neste contexto, a Geociclo Biotecnologia S/A, a partir de uma preocupação com os impactos ambientais associados à geração de resíduos do setor agroindustrial, e a maximização da eficiência do uso de nutrientes na agricultura, tem desenvolvido e disponibilizado ao mercado fertilizantes especiais de elevada eficiência agronômica.

 

Essa matéria você encontra na edição de julho da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

 

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Época de jaca: quando começa a colheita no Brasil

2

Tomate rasteiro: cultivo e importância no Brasil

3

Desafio CESB 2025 abre inscrições para produtores de todo o Brasil

4

Região do Cerrado Mineiro celebra 20 anos de Indicação Geográfica com experiências sensoriais e inovação na SIC 2025

5

Circuito Mineiro de Cafeicultura 2025 encerra etapas em novembro

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Produtores de soja participam de campo auditado do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja 2025 do CESB.

Desafio CESB 2025 abre inscrições para produtores de todo o Brasil

Divulgação

Região do Cerrado Mineiro celebra 20 anos de Indicação Geográfica com experiências sensoriais e inovação na SIC 2025

Produtores de café participam de palestra técnica do Circuito Mineiro de Cafeicultura 2025 no Sul de Minas.

Circuito Mineiro de Cafeicultura 2025 encerra etapas em novembro

Sintomas de Síndrome da Murcha da Cana

Síndrome da Murcha da Cana é ameaça contínua aos canaviais