Com pressão da cigarrinha-do-milho, inseticida age no controle de ninfa

Conforme desenvolvedora da tecnologia, que demandou trabalhos de pesquisa e consultoria, solução é efetiva também sobre ovos e fêmeas do inseto; indicadores mostram haver quebra eficaz do ciclo da praga em áreas do cereal.

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 09h00

Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 09h00

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Lavoura de milho
Divulgação

Frente à expectativa por uma safra de milho marcada pelo fenômeno El Niño, catalisador de extremos climáticos como altas temperaturas, que potencializam infestações de pragas com ciclo acelerado, a Sipcam Nichino Brasil investe no lançamento do inseticida de última geração Fiera®. A solução tem no alvo a cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis), hoje considerada a mais desafiadora praga do cereal e cuja pressão se encontra forte, nas diferentes regiões do país, desde o mês de outubro último.

De acordo com a Sipcam Nichino, Fiera® chega ao mercado respaldado por cinco anos de estudos liderados por pesquisadores de renome. Para a empresa, o inseticida conta com uma característica única: o controle eficaz da fase ‘ninfa’ da cigarrinha, além de agir sobre ovos e na fecundidade e fertilidade de fêmeas da praga. Segundo os especialistas envolvidos nas pesquisas, o manejo da ninfa, até há pouco, não era prioridade; os tratamentos visavam somente a insetos já na forma adulta, sem focar efetivamente na quebra do ciclo da praga.

Conforme o engenheiro agrônomo José de Freitas, da área de desenvolvimento de mercado, no estágio ninfa, posterior à postura e eclosão dos ovos, ocorre a fase mais desafiadora para controle da praga. “Ninfas adquirem e portam fitopatógenos, transmissores de doenças. Por isso, monitorar a lavoura se impõe como medida estratégica, sobretudo em relação à presença de insetos adultos e de ninfas nas folhas mais velhas do milho”, alerta. A cigarrinha, ele frisa, detém alta capacidade de ‘oviposição’, da ordem de 300 ovos por indivíduo, em média, podendo chegar até a 600.

Segundo Freitas, os prejuízos mais relevantes decorrentes da cigarrinha-do-milho vêm após a praga sugar a seiva da planta e transmitir ao milho fitopatógenos de molicutes e vírus, causadores de viroses e enfezamentos. “Além disso, em situação de alta pressão, na fase reprodutiva da praga pode ocorrer a ‘fumagina’ nas folhas, restritiva ao potencial fotossintético de plantas e limitante à produção”, reforça. “Numa infestação elevada, a praga tem potencial para inviabilizar toda a produção de uma lavoura.”

Números expressivos de controle

Fisiológico, seletivo, regulador de crescimento de insetos, o novo inseticida obteve, em ensaios de laboratório, indicadores robustos no controle de ninfas da cigarrinha-do-milho, na faixa de 95% a 100%. Segundo Freitas, Fiera® resultou ainda em quedas de 66% na ‘postura’ de ovos da praga, de 92% na eclosão dos mesmos e de 79% na viabilidade reprodutiva. “A solução reduz a população das novas gerações pela quebra do ciclo da praga”, reforça ele.

Ainda de acordo com Freitas, o inseticida apresenta ação de contato, vapor e afeta rapidamente todos os estágios do ciclo de vida da cigarrinha-do-milho, “assim como desencadeia um processo de supressão de populações futuras.” Conforme o agrônomo, pesquisas conduzidas pelo grupo Agrimip, da Unesp de Botucatu, mostraram que depois de aplicado Fiera®, fêmeas da praga tiveram menos posturas de ovos e reduzida a quantidade de ovos férteis.

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