Coinoculação da soja é estratégia inovadora para impulsionar a produtividade na safra 2025/2026

Imagem ilustrativa de soja/Embrapa Soja
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As primeiras expectativas para a safra 2025/2026 de soja são positivas, podendo superar 175 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse resultado produtivo da mais importante cultura agrícola do país é resultado do uso de tecnologias eficientes e sustentáveis, como a coinoculação, técnica que consiste na aplicação conjunta de dois tipos de microrganismos benéficos nas sementes: as bactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrhizobium spp.) e as promotoras de crescimento (Azospirillum brasilense), que se destacam por proporcionar maior produtividade e melhor retorno econômico aos produtores.

“A soja exige alta eficiência de nutrientes, especialmente de nitrogênio (N), cuja demanda pode ultrapassar 80 quilos por tonelada de grãos. Bradyrhizobium spp. supre boa parte dessa necessidade, mas seu desempenho depende da saúde e do desenvolvimento das raízes”, explica o engenheiro agrônomo Bruno Neves, gerente de técnico da BRQ Brasilquímica e doutor em agronomia, produção vegetal, fisiologia e manejo de culturas, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Com raízes mais ramificadas e profundas, a lavoura consegue explorar melhor o solo, aproveitando nutrientes, mesmo em áreas de baixa fertilidade ou com problemas, como acidez e falta de alumínio.

“É nesse ponto que Azospirillum brasilense atua de forma complementar, estimulando o crescimento radicular, que aumenta a absorção de água e nutrientes, ajudando a planta a enfrentar situações de estresse climático e nutricional. Uma vantagem importante em cenários desafiadores, como seca, excesso de chuva ou em solos compactados e que passaram por intenso processo de alteração química e física, devido às condições climáticas tropicais, como altas temperaturas e precipitação”, ressalta Bruno.

De acordo com o especialista da BRQ, diversos estudos conduzidos em diferentes condições de solo e clima confirmam os benefícios técnicos da coinoculação, revelando que a técnica pode elevar a produtividade de 3% a 10%, com ganhos médios acima de duas sacas por hectare. O retorno financeiro é positivo também em regiões com margens mais apertadas ou menor uso de adubação nitrogenada.

Além do impacto econômico, a prática contribui para reduzir o uso de fertilizantes sintéticos e as emissões de carbono, alinhando-se às metas de sustentabilidade da agricultura brasileira.

“Para a safra 2025/2026, a coinoculação da soja se consolida como uma tecnologia indispensável, combinando facilidade de aplicação, baixo custo e resultados consistentes no campo. Ao mesmo tempo em que respeita as boas práticas de manejo, minimizando os impactos ambientais, reforçando o compromisso da agricultura brasileira com a sustentabilidade”, completa Renan Cardoso, CEO da BRQ Brasilquímica.

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