Cafeicultores do Cerrado Mineiro são os primeiros do mundo a receberem selo de baixo carbono

Acompanhe tudo sobre baixo carbono, Café e muito mais!
Reprodução

Em mais um marco inédito da cafeicultura brasileira e mundial, 20 fazendas associadas da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) recebem o selo Carbon on Track, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), de produção de baixo carbono. Durante as inspeções, foi constatado um valor de emissões de 0,85 tonelada de dióxido de carbono equivalente por hectare ao ano. A verificação atesta que o valor absoluto de 17.421,00 Mg CO2 e/ ou 2,60 kg CO2e kg café verde-1, o que é um valor considerado baixo.

“Isto comprova o trabalho sustentável que nossos cooperados têm feito há mais de 10 anos. Nossa intenção é promover, fomentar e nutrir uma cafeicultura de vanguarda atrelada ao impacto. Ficamos muito felizes em poder acompanhar o movimento em prol de um meio ambiente mais saudável”, diz Farlla Gomes, Gerente Técnica em Sustentabilidade da Expocacer.

Juntas, as propriedades verificadas somam mais de 3.600 hectares de café. Para a Expocacer, a tendência de redução de gases de efeito estufa é algo que deve ser seguido pelos demais cafeicultores ao redor do mundo.

“Estamos orgulhosos de obter a verificação em nossa propriedade e poder contribuir para o meio ambiente e para o planeta. Temos o sentimento de estarmos fazendo a coisa certa que é cuidar do nosso planeta e colaborar com o futuro”, afirma Maria Aparecida Fernandes Pires Ruiz, cafeicultora.

Para o produtor Roger Montanari, a iniciativa atesta as práticas que já são adotadas pela maioria dos cafeicultores da região. “A verificação de carbono vem para consolidar o trabalho que o produtor rural da região do Cerrado Mineiro já faz a décadas, que é sequestrar o carbono através das práticas de sustentabilidade da agricultura, servindo de modelo de protocolo para o mundo tanto em termos ambientais, sociais e econômicos. Com este selo, podemos comprovar que somos protagonistas neste papel crucial de contribuir com um futuro mais sustentável, com redução do impacto nas mudanças climáticas”.

A utilização das práticas sustentáveis é aliada da redução da emissão de gases de efeito estufa a longo prazo, pois tendem a melhorar a qualidade do solo e reduzir os aportes de insumos externos como nitrogênio, fosforo e glifosato. A transição para energias renováveis nas operações de café, como o uso de painéis solares em fazendas e instalações de processamento, também é um grande aliado na redução de emissões de carbono.

“O pioneirismo da Expocacer é fundamental para abrir portas para o setor da cafeicultura caminhar em direção a uma produção de baixo carbono, uma vez que processos de verificação desempenham um papel fundamental para agregar imparcialidade e maior confiabilidade no processo”, explica Alessandro Rodrigues, gerente de Serviços ESG e Carbon on Track do Imaflora.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Torrãozinho: ameaça às lavouras de soja

2

Yuzu: você conhece esse limão?

3

Projeto Arroz de Baixo Metano vence prêmio global SBCOP na COP30, na categoria Sistemas Alimentares

4

Brasil exporta 4,141 milhões de sacas de café em outubro

5

Verticillium no tomate: como reconhecer e manejar a doença

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Yuzu in Japan.citrus junos

Yuzu: você conhece esse limão?

Grãos de café tradicional e café especial lado a lado destacando diferenças

Brasil exporta 4,141 milhões de sacas de café em outubro

Foto: Descarregamento de Soja - Antonio Neto/Arquivo Embrapa

Mercado de biodefensivos cresce 18%, para R$ 4,35 bilhões na safra 2024-25

Divulgação

Safra de café 2026/27 no Brasil deve avançar 13,5% e chegar a 70,7 milhões de sacas