Brócolis ganha a mesa dos brasileiros

Estimativas recentes feitas pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas ...
Brócolis - Crédito: Shutterstock

Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 15h20

Última atualização em 29 de dezembro de 2021 às 15h20

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Brócolis – Crédito: Shutterstock

Estimativas recentes feitas pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) e por empresas privadas especialistas na produção de sementes de brócolis indicam que a cultura do brócolis no Brasil movimenta, anualmente, em torno de R$ 1,2 bilhão no varejo, com uma produção de 290 mil toneladas, e crescimento médio de mercado entre 4,0 e 5% ao ano.
O brócolis (Brassica oleracea var. italica) tem ganhado espaço nas mesas dos brasileiros nos últimos anos em função de seus benefícios nutricionais. Seu consumo está associado a dietas mais saudáveis e equilibradas por ser um alimento de baixo valor calórico, rico em fibras e com grandes quantidades de substâncias benéficas, como vitaminas (A, C, e E) e minerais, como cálcio, magnésio e ferro.
Além disso, o brócolis também apresenta em sua composição algumas substâncias benéficas e que têm sido associadas à prevenção de algumas doenças, como o câncer e problemas gastrointestinais.

Tipos

No mercado brasileiro existem dois tipos principais de brócolis – o ramoso, de colheitas múltiplas; e o de inflorescência (cabeça) única, também conhecido como japonês, americano, ou ninja.
No primeiro caso, a produção é destinada à comercialização in natura na forma de maços. No segundo tipo (cabeça única), os produtores podem destinar a produção tanto para venda direta in natura, similar à couve-flor, quanto para indústrias de processamento e congelamento.
Ambos os tipos apresentam boa saída no mercado, apesar do aumento expressivo da oferta de brócolis do tipo cabeça única nos últimos anos, especialmente pela sua maior longevidade pós-colheita, comparado ao ramoso.

Investimento x retorno

O preço médio que esta hortaliça foi comercializada nos atacados brasileiros no período de 2016-18 foi de R$ 3,00/kg, segundo dados do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro).
No verão, quando a oferta tende a diminuir, é possível obter os melhores preços na comercialização. Esta lacuna tem sido uma boa oportunidade para cultivo em regiões onde as temperaturas são mais amenas.

Desafios

Atualmente, um dos grandes desafios na cadeia de produção desta hortaliça é propiciar a oferta de produtos com boa qualidade e atender a mercados mais distantes. Uma das estratégias a ser explorada é a utilização de embalagens mais adequadas, rápido resfriamento pós-colheita e investimentos em transporte refrigerado e armazenamentos em câmaras frias para conservação, além de incentivo ao processamento mínimo, o que ainda agrega valor ao produto final.
Outra oportunidade de mercado é a produção de brócolis sob manejo orgânico. De acordo com um estudo nacional sobre o consumo de orgânicos divulgado pela Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável), as verduras lideram entre os alimentos orgânicos mais consumidos no País, com destaque para alface, tomate, rúcula e brócolis.
Neste nicho de mercado haverá uma maior valorização do produto por consumidores que associam alimentação saudável às boas práticas de produção agrícola.

Autoria:
Carlos Antônio dos Santos
Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
carlosantoniods@ufrrj.br
Júlio César Ribeiro
Engenheiro agrônomo e doutor em Ciência do Solo- UFRRJ
jcragronomo@gmail.com
Margarida Goréte Ferreira do Carmo
Engenheira agrônoma, doutora em Fitopatologia e professora – UFRRJ
gorete@ufrrj.br

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