Bioestimulantes e bioativadores melhoram o desempenho do feijoeiro

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Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 07h33

Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 07h33

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Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto

Engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e pesquisador da Epagri/ Estação Experimental de São Joaquim

felipemoretti113@hotmail.com

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O feijão (PhaseolusvulgarisL.) é um dos alimentos mais consumidos no mercado brasileiro.Assim, a cultura do feijoeiro possui grande importância econômica e social, pois gera milhares de empregos direta e indiretamente em diversos níveis.

O cultivo dessa leguminosa é bastante difundido em todo o território nacional por apresentar alta adaptabilidade a condições climáticas, porém, um grande desafio é o aumento da produtividade.

O que são

Bioestimulantes podem ser definidos como substâncias não fertilizantes com efeito benéfico no processo de crescimento vegetal.Além disso, podem ser substâncias compostas por hormônios vegetais ou sintéticos que agem diretamente na fisiologia do vegetal, incrementando seu desenvolvimento.

Bioestimulantes podem conter em suas fórmulas diversos compostos, como aminoácidos, nutrientes, vitaminas, extratos de algas marinhas e ácido ascórbico (Gómez-Merino et al., 2015).

Os bioativadores são substâncias orgânicas capazes de atuar na expressão dos genes responsáveis pela síntese e ativação de enzimas metabólicas, relacionadas ao crescimento da planta, alterando a produção de aminoácidos precursores de hormônios vegetais (Castro, 2006).

Benefícios

Alleoni e colaboradores (2000) verificaram que a aplicação foliar de fitohormônios favoreceu o número de vagens por planta, o número de internódios, o peso de 1.000 grãos e a produtividade, enquanto que a aplicação nas sementes e via foliar aumentou o estande final de plantas, o número de grãos por vagem e o peso seco das mesmas por ocasião do florescimento.

Em dissertação realizada em Pelotas (RS), por Lara Sulamita Modesto Jacó de Carvalho, em 2012, as sementes de feijão tratadas com bioativadores obtiveram maior velocidade de germinação.

O produto promoveu aumento na altura de plantas de feijão aos sete dias após a semeadura. A matéria seca da raiz, parte aérea e total em plantas de feijão entre 14 e 28 dias após a semeadura foi maior com a utilização do bioativador.

Em trabalho realizado por Dourado Neto e colaboradores, em Paulínia (SP), em 2014, o uso do bioestimulante, nas diferentes doses e formas de aplicação aumentou o número de grãos por planta e a produtividade. O produto utilizado no trabalho é composto de 0,5 g L-1 ácido indolbutírico (auxina), 0,9 g L-1 de cinetina (citocinina) e 0,5 g L-1 de ácido giberélico (giberelina).

Em dissertação realizada por Danilo Nogueira dos Anjos, na região de Vitória da Conquista (BA), o autor concluiu que o uso de bioestimulantes aumentou a produtividade do feijoeiro na presença e na ausência da suplementação de NPK e micronutrientes. Na presença do NPK, houve um maior desempenho do feijoeiro em diversas das características agronômicas e a interação entre NPK e bioestimulantes aumentou o índice de área foliar, massa seca da parte aérea e massa seca das folhas.

A relação custo-benefício no uso de bioestimulantes visando o aumento da floração do feijoeiro é muito boa - Crédito Shutterstock
A relação custo-benefício no uso de bioestimulantes visando o aumento da floração do feijoeiro é muito boa – Crédito Shutterstock

Custo-benefício

A relação custo-benefício no uso de bio estimulantes visando o aumento da floração do feijoeiro é muito boa, pois não possui alto custo, porém, o agricultor deve fazer o uso associado a outras ferramentas do manejo.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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