As inúmeras variedades de abacate: qual escolher?

Existem centenas de variedades, mas comerciais são sete, sendo Geada, Fortuna, Quintal, Ouro Verde, Breda, Margarida e Hass (avocado).
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Jonas Everton Octavio

Técnico agrícola e vice-presidente – Associação Brasileira dos Produtores de Abacates

presidente@abacatesdobrasil.com.br

Foto: Jonas Octavio

Existem centenas de variedades, mas comerciais são sete, sendo Geada, Fortuna, Quintal, Ouro Verde, Breda, Margarida e Hass (avocado).

Na verdade, a demanda é sempre maior na safra, devido à maior oferta e menor custo ao consumidor. Estamos falando das variedades mais precoces, como, Geada, Fortuna e Quintal, porém, o maior volume concentrado do ano seria o Fortuna, que sai entre março e julho.

A variedade Hass (avocado) é predominantemente voltada para a exportação. Existe um mercado interno muito modesto que deve crescer, mas não ao ponto de ser tão significante frente ao mercado de exportação. Então, para a produção de Hass (avocado), sempre indico buscar um parceiro exportador para entender melhor da produção e comercialização.

Principais regiões produtoras

Os maiores produtores de abacate do Brasil são: São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo, sendo o primeiro responsável pela maior parte da produção na safra e Minas e Paraná na entressafra, isso tudo devido ao clima favorável a cada variedade.

Lembrando que há regiões mais aptas para uma ou outra variedade. Isso acontece porque cada variedade tem suas características de condições de solo e clima, que são fatores extremamente importantes para serem analisados antes de implantar uma variedade.

Detalhes fundamentais

Na implantação de um pomar de abacate, é de extrema importância o produtor buscar apoio técnico de profissionais especializados na cultura. Não são muitos no Brasil, mas existem alguns profissionais bons que, sem dúvida, poderão ajudar na tomada de decisão.

  • Pontos importantes:
  • Tipo de solo e sua profundidade
  • Altitude
  • Pluviometria (quantidade de chuvas) e em que períodos elas ocorrem.
  • Mudas certificadas e com procedência, da variedade correta para as condições.

Saliento que, como estamos falando de uma cultura perene, o investimento técnico na tomada de decisão é de muita importância, para ser mais assertivo e não entender que fez errado depois de cinco ou seis anos, quando já foi investido muito dinheiro e não há como obter retorno.

Como fazer a escolha correta?

Muitos produtores não levam em consideração que o abacate é uma cultura extremamente delicada e requer muitos cuidados do início ao fim. Para ter resultados satisfatórios, é preciso investir em qualidade e controle de produção, pragas e doenças.

Existe poucos defensivos registrados para o abacate, o que exige um cuidado muito rigoroso com a fitossanidade.

Lembrando que o manejo entre as variedades muda, porque cada uma tem exigências nutricionais diferentes. A florada de cada uma acontece em uma época diferente e também a forma de condução pode variar, dependendo da estratégia na hora da colheita.

O grande desafio da abacaticultura é buscar pomares mais baixos para facilitar o manejo e colheita, mas não é tão simples fazer essa condução. Ainda existe muita controvérsia sobre quais podas seria as melhores.


Que erros devem ser evitados?

Como o abacate tem sido uma cultura rentável nos últimos anos, alguns produtores tomam a decisão de entrar na abacaticultura somente pelo preço da fruta. Pensando que a produção é de baixo custo, optam por variedades de melhor valor agregado e não levam em consideração todas as questões técnicas da sua região, e que tudo pode mudar quando sua produção começar a produzir, entre cinco e seis anos.

Variedades tardias, como Breda e Margarida, são de valor agregado maior, porém, são bianuais, o que significa que em um ano produzem e no outro nada, ou muito pouco.

No caso da produção de abacates Hass (avocado), é preciso se atentar que, como o destino é a exportação, as exigências são determinadas pelo mercado comprador, especialmente as certificações de boas práticas sociais e ambientais, para estar apto a exportar.

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