As espécies ameaçadas de extinção resgatadas pelo Instituto Terra

Entre os cerca de 100 tipos de plantas nativas produzidas no viveiro da organização para serem usadas nas ações de reflorestamento da Mata Atlântica, estão o Pau-Brasil, a Peroba-Amarela e o Jequitibá-rosa, espécies em perigo de extinção
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Divulgação

O Instituto Terra por meio de seu laboratório de sementes e viveiro de mudas trabalha neste ano com cerca de 100 espécies nativas da Mata Atlântica, que somam um total de 347 árvores diferentes da flora brasileira. Três dessas espécies estão em perigo de extinção. São elas: Pau-Brasil (árvore típica da Mata Atlântica), Peroba-Amarela (árvore símbolo do Instituto Terra) e Jequitibá-Rosa (recém listado como em perigo de extinção), espécies de grande valor e interesse comercial pela indústria madeireira e que foram resgatadas para plantio.

No mais recente plantio, entre o final de 2021 e o início de 2022, foram plantadas 163.765 mudas de árvores. No próximo período de chuva, que ocorre de novembro a fevereiro, o Instituto se prepara para plantar 220.000 árvores dentro de sua RPPN sempre aumentando seu poder de transformação.

Ao longo de 2021, foram coletados e beneficiados mais de 351 kg de sementes de 97 diferentes espécies, sendo seis delas ainda não identificadas. Os tipos certos de plantas e frutos precisam estar bem adaptados ao clima quente e seco, que são as características da região onde fica o Instituto Terra. Depois de coletadas, as sementes são beneficiadas e passam por alguns testes no laboratório, como semente por quilo, teor de umidade e teste de germinação. As espécies selecionadas são subdivididas em dois grupos funcionais, que levam em conta características de crescimento e formação de copa. Após esta etapa, as sementes são disponibilizadas para o viveiro de mudas. Como o sucesso das ações de reflorestamento está intimamente ligado à qualidade das sementes, o Instituto Terra criou um banco de árvores matrizes com fichas completas das árvores de sementes coletadas para georreferenciamento de árvores mães. Hoje estão mapeadas 347 árvores matrizes, de 99 espécies diferentes.

“O software é utilizado no trabalho de campo quando se identifica uma matriz em potencial, o coletor preenche os dados daquele indivíduo, coloca características do local onde foi encontrado, marca o ponto no GPS e faz uma imagem dessa árvore no próprio aplicativo. Por meio dessas informações podemos produzir um calendário de coleta, verificar a quantidade de matrizes que temos de determinada espécie e programar a coleta com antecedência”, explica Elisângela Ferreira da Silva, chefe do laboratório de sementes e do viveiro de mudas do Instituto Terra.

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Com a adoção do banco de árvores matrizes, que direciona quais as melhores espécies a serem plantadas, houve mudanças nas técnicas de produção das mudas do viveiro. Foi introduzida uma nova rotina de adubação e irrigação para fornecer os nutrientes adequados em cada fase de desenvolvimento das plantas. No total, em 2021, foram produzidas 243 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no viveiro do Instituto Terra. Em seus 24 anos de existência, o Instituto Terra contabiliza mais de 2,5 milhões de árvores plantadas em sua sede, a RPPN Fazenda Bulcão, em Aimorés, Minas Gerais, com a produção de 6,4 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica até hoje. As ações de reflorestamento em áreas degradadas de Mata Atlântica envolvem 2.100 hectares beneficiados pelo plantio de mudas nativas e pela proteção de nascentes e áreas de recarga hídrica no vale do Rio Doce.

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