Apicultor fatura R$5 milhões com mel e cursos de capacitação

À frente da Cia. da Abelha, Armindo Vieira exporta insumo orgânico para o exterior
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Divulgação

Hoje em dia, o mercado de mel orgânico é considerado um dos negócios mais promissores na agropecuária. Prova disso é que o Brasil lidera o ranking de produtores orgânicos do insumo no mundo. Segundo dados da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL), foram produzidas 46 mil toneladas de mel, em 2021. Além disso, a associação projeta que até 2035, o potencial de compra do produto é de 250 milhões de toneladas/ano. Há 40 anos atrás, o mineiro Armindo Vieira Junior e seu pai já enxergavam o potencial do mercado do mel e investiram nesse nicho até então pouco explorado. Hoje, à frente da Cia. da Abelha, Vieira é considerado um dos apicultores mais renomados do Brasil e seu sucesso também é comprovado em números. Em 2021, o professor, como é conhecido pelos seus alunos do setor, chegou a faturar R$ 2,5 milhões de reais com a produção de mel orgânico e os seus cursos on-line sobre apicultura, e a projeção para o final do ano de 2022 é atingir a meta de R$ 5 milhões.

O primeiro contato de Armindo com a apicultura foi aos 8 anos de idade. Na época, seu pai tinha ganhado um favo de mel do irmão e rapidamente se apaixonou pelo produto e decidiu aprender sobre o setor e a produção da matéria-prima. Armindo assistiu todo o curso de apicultura ao lado do pai. Dali em diante, os dois iniciaram juntos uma colmeia no sítio da família, em Minas Gerais, em 1983. Naquele tempo, o pai de Armindo tinha uma loja de materiais de construção, e o que era produzido de mel, na única colmeia da casa, era oferecido como brinde aos clientes.

No canto do balcão, a família de Vieira nem imaginada o potencial do mel e a lucratividade que o insumo poderia gerar, mas os clientes sim. Foi aí que o pai de Armindo descobriu algo inusitado: 1 quilo de mel valia mais do que 100 sacos de cimento. “Foi nesse momento que resolvemos incrementar e trabalhar profissionalmente com apicultura. Colocamos mais colmeias no sítio, investimos em caixas-iscas, que servem para o recolhimento das abelhas, e outros subsídios para a apicultura, e assim fundamos a Cia. da Abelha”, relembra Armindo Vieira, que desde então passou a trabalhar com o pai no setor.

O empresário lembra que todo o lucro da empresa era investido na produção de mel. Inicialmente eles tinham 40 colmeias, que cresceram para 800. A produção também aumentou: de 2 toneladas, para as 30 toneladas de mel, produzidas hoje. Além disso, a Cia. Da Abelha tem hoje 80 pontos de venda. “Com mais experiência e entendimento do mercado, passamos a investir em capacitação, na venda de maquinário e equipamentos de proteção. A demanda por mel cresceu, mas a produção não acompanhava. Percebi um nicho de mercado. Havia carência na formação de novos apicultores”, conta o professor.

Foi aí que nasceu a Escola de Apicultura. Em 2018, depois de 10 anos oferecendo cursos presenciais, a instituição fundada por Armindo aderiu à modalidade de cursos on-line. Em 2021, o professor chegou a alcançar 7.200 alunos matriculados. Além da escola, a Cia. Da Abelha também passou a investir em uma série de produtos oriundos do mel: o própolis, pólen, geleia, entre outros. “Hoje, produzimos 2 toneladas por ano de própolis, em especial do própolis verde. Parte desse produto é vendido no mercado interno, e a outra parte é exportado, por meio de entrepostos e cooperativas”, comemora Armindo.

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