Aminoácidos amenizam impacto da geada na produção de maçã

Crédito Aires Carmem Mariga

Publicado em 11 de julho de 2017 às 07h00

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h34

Acompanhe tudo sobre Abelha, Água, Aminoácido, Geada, Hortifrúti, Maçã, Polinização e muito mais!

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor e professor de fruticultura do DFF/FAAZ/UFMT

glauciogenuncio@gmail.com

Elisamara Caldeira do Nascimento

Talita de Santana Matos

Doutoras em Agronomia/Ciência do Solo

Crédito Aires Carmem Mariga
Crédito Aires Carmem Mariga

A geada é conhecida agronomicamente como fenômeno atmosférico que provoca a morte das plantas ou de suas partes (folhas, caule, frutos, ramos), em função da baixa temperatura do ar, que acarreta congelamento dos tecidos vegetais, havendo, ou não, formação de gelo sobre a planta.

A morte pode ser causada tanto por ventos muito frios soprando por muitas horas, como pelo resfriamento a partir do ar muito seco. Este processo acontece pela perda de calor dos órgãos vegetais, ficando as suas temperaturas próximas das do ar naquele momento.

As soluções aquosas presentes nos tecidos vegetais geralmente não congelam imediatamente, com o declínio da temperatura. Inicialmente ocorre o processo de “superfusão“ (as soluções se mantêm no estado líquido mesmo em temperaturas abaixo do ponto de solidificação).

Porém, com o contínuo decréscimo da temperatura, o processo de congelamento torna-se inevitável. Congelam, então, as soluções extracelulares, e assim sendo, a água começa a sair das células em resposta a um gradiente de potencial químico.

Os protoplastos sofrem, assim, uma desidratação que pode levar a danos irreversíveis. Pode ocorrer desnaturação de proteínas nucleares, transição de fase das membranas celulares e até a perfuração destas membranas pelos cristais de gelo, nos tecidos das plantas mais sensíveis.

O congelamento intracelular, se existir na natureza, deve restringir-se aos tecidos mais sensíveis e às taxas mais elevadas de descida da temperatura. Este fenômeno resulta em redução na produção, produtividade e qualidade dos frutos.

Contudo, a resistência da planta/tecido será diferenciada de acordo com o seu estado de desenvolvimento.

Na macieira

Em específico para o cultivo da maçã, as baixas temperaturas no inverno são determinantes para a expansão da cultura. O desenvolvimento da macieira é condicionado pelo ciclo anual da temperatura, pois as baixas temperaturas no outono induzem a planta a entrar em dormência, ao passo que, depois de completada a exigência em frio durante o inverno, ocorre a brotação e a floração.

Porém, como no Brasil os invernos são amenos e irregulares, a brotação e o reinício do período vegetativo são, muitas vezes, irregulares.

O potencial climático para o cultivo da macieira está diretamente relacionado ao total de frio que ocorre entre os meses de maio e setembro. Na fase de floração e polinização, temperaturas inferiores a 10°C retardam o crescimento do tubo polínico, diminuindo a quantidade de frutos que vingam.

A ocorrência de geadas ou temperaturas entre -3 e -1°C, durante a floração ou próximo a ela, pode causar sérios prejuízos à produção e à qualidade dos frutos, devido à morte e queda de flores e frutos recém-formados ou à formação, na epiderme, do distúrbio denominado “anelamento de russeting“. Outro problema é que as baixas temperaturas desfavorecem a atividade das abelhas e de outros insetos polinizadores.

Influência da temperatura

A temperatura nas duas ou três semanas após a floração influencia a forma dos frutos: temperaturas baixas favorecem a sua elongação, enquanto geadas tardias, após a floração/ frutificação podem comprometer a produção.

As consequências econômicas das geadas, no período de suscetibilidade da macieira, variam de acordo com a intensidade das mesmas: geadas severas podem danificar todas as flores ou frutos novos, enquanto as geadas leves podem reduzir parcialmente a carga de frutos.

Os aminoácidos

O uso de aminoácidos na agricultura tem sido praticado por várias décadas, no Brasil e no mundo, em diversas culturas. Estes são moléculas de características estruturais em comum, formados por um carbono central, quase sempre assimétrico, ligado a um grupamento carboxila (COOH), um grupamento amino (NH2) e um átomo de hidrogênio.

Essa matéria completa você encontra na edição de Julho 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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