Agro espera ajustes no arcabouço fiscal

Entendimento da FAESP é de que ainda há muito trabalho a ser feito e faltam detalhes

Publicado em 27 de abril de 2023 às 08h00

Última atualização em 27 de abril de 2023 às 08h00

Acompanhe tudo sobre arcabouço fiscal, fiscal e muito mais!

O Governo Federal apresentou nesta o novo arcabouço fiscal. A receptividade foi positiva, mas o entendimento é de que ainda há muito trabalho a ser feito e que faltam detalhes na proposta apresentada pela equipe econômica. De acordo com Tirso Meirelles, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), a expectativa para todo o ecossistema do agronegócio é que as novas regras fiscais possam conter a inflação e permitir a redução da taxa básica de juros.

“Sabemos que o arcabouço em si não é suficiente para inverter a curva de juros, pois é preciso que o Governo mostre austeridade e compromisso com o controle da trajetória da dívida pública. Na avaliação da FAESP, as diretrizes apresentadas têm pontos positivos, mas há também uma maior complacência com os desvios de curso, trazendo preocupações. O que precisamos agora é aperfeiçoar o que foi apresentado, o que poderá ser feito na tramitação do Congresso Nacional”, disse Meirelles.

A maior preocupação do setor é se haverá ímpeto de elevação das receitas da união pelo Executivo, o que poderia acarretar a tentativa de aumento da carga tributária para os produtores rurais, por ocasião da discussão da reforma tributária no Congresso.

Ainda segundo Meirelles, a mudança na política monetária se faz necessária, já que o custo de não combater a inflação é grande e o compromisso do Governo com a trajetória da dívida pública deve criar um ambiente favorável ao início da redução da taxa de juros.

“A Taxa Selic se mantém em 13,75% desde agosto do ano passado. Taxas altas prejudicam muito a capacidade produtiva do país, pois aumentam o custo financeiro das empresas e as margens dos negócios. Isso impacta todos os setores da economia, incluindo o agronegócio”, diz. Apesar de haver taxas de juros controladas (subsidiadas) na política agrícola, os patamares elevados da Selic fizeram com que o custo financeiro do agro subisse consideravelmente nos últimos anos. As linhas de crédito oficial do Plano Safra, programa do governo federal para fomentar o agronegócio nacional, atende apenas 1/3 da necessidade de crédito dos produtores brasileiros. Os outros 2/3 são atendidos por linhas de crédito comercial e recursos próprios.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

2

Holding rural: o que é e quais os objetivos?

3

Tipos de abacate: conheça as variedades mais cultivadas no Brasil

4

Limão caviar: a fruta exótica que vale mais de R$ 2.000 por quilo

5

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

produção de grãos

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

Mariangela Hungria no laboratório

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

Laranja-1-1

Safra de laranja 2025/26 em SP e MG é estimada em 314,6 milhões de caixas

Foto: Eudes Cardoso

Embrapa e Ufersa disponibilizam cultivar de porta-enxerto de maracujá resistente à fusariose