Agricultura regenerativa dentro de um novo modelo de negócio

57% dos participantes de uma pesquisa da McKinsey já fizeram mudanças em seus estilos de vida para diminuir seu impacto no meio ambiente após a pandemia de covid-19.Para atender a demanda do consumo verde (como também é chamado o consumo consciente), algumas empresas que ajudam a manter a floresta Amazônica em pé, se destacam neste cenário. Um exemplo é a Mahta, startup de superalimento que atua com cadeias produtivas para a conservação do bioma.

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 07h00

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 17h03

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Divulgação

Não é de hoje que diversas empresas, startups e foodtechs apostam em modelos de negócios com base na bioeconomia, com soluções que vão de encontro a questões vitais, como o desenvolvimento sustentável e de cadeias produtivas para a conservação do bioma. A agricultura regenerativa é um desses pilares.

O propósito desse modelo regenerativo é conservar e reabilitar a abordagem de sistemas alimentícios e agrícolas. A agricultura regenerativa é o princípio de cuidar do solo, para que ele cuide das pessoas. Regeneração da camada superficial do solo, aumento da biodiversidade, aprimoramento do ciclo das águas, melhoria de serviços ecossistêmicos, apoio à biofixação (captura e armazenamento de carbono atmosférico por processos biológicos) e o fortalecimento da vitalidade e saúde dos solos agrícolas são os principais focos de atuação deste modelo agrícola.

As empresas estão cada vez mais tratando as questões relacionadas à sustentabilidade como uma parte intrínseca aos seus negócios, vendo a importância das questões ambientais e sociais para o desenvolvimento sustentável e voltam os holofotes para o bioma amazônico. A Mahta, empresa de foodtech, criada pelos sócios Max Petrucci e Edgard Calfat, utiliza como base de seus produtos ingredientes provenientes de comunidades tradicionais da Amazônia e de pequenos agricultores que operam no modelo SAFs (sistemas agroflorestais). O Nutrição Regenerativa da Floresta, alimento criado pela Mahta, agrega 15 superalimentos do bioma amazônico.

A Mahta utiliza ingredientes que são cultivados por pequenos produtores a partir da floresta em pé, como os da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA, de Rondônia, e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), do norte de Mato Grosso, entre outros.

Max Petrucci destaca que o processo e os ingredientes amazônicos utilizados na formulação do produto transformam o superfood da Matha em um alimento diferenciado e único no mercado. “As pessoas terão a oportunidade de conhecer um alimento que além de beneficiar quem consome, beneficia também o produtor da ponta, que respeita os ciclos da natureza”. Ele destaca que o superalimento é feito com ingredientes como o cacau, cupuaçu, açaí, coco, castanha-do-pará, taperebá, bacuri, graviola e cumarú.

Edgar Calfat, co-fundador e sócio da Mahta, afirma que “se todos fizessem uma alimentação calcada na comida de verdade, a totalidade dos problemas derivados da má alimentação seriam irrelevantes. Por isso, com toda certeza, o produto que é entregue pela Matha está em consonância com o que há de melhor em termos de pureza de ingredientes e sua funcionalidade na saúde de cada pessoa”.

Preservação e investimento

A Mahta também está entre as startups que vislumbram as possibilidades econômicas sustentáveis dentro do contexto da agricultura regenerativa e movimentam a região com ideias inovadoras e ligadas ao desenvolvimento e conservação da Amazônia. Empresas como BrCarbon, Floresta S/A, Inocas, Soul Brasil e Vivalá são exemplos de startups que estão ligadas entre si por serem fomentadoras da proteção da maior floresta tropical do planeta e por terem sido selecionadas pela aceleradora de impacto AMAZ, entre 156 inscritos, para receber investimentos. Contarão com mentoria, acompanhamento e investimento inicial de R$ 200 mil, com possibilidade de reinvestimento de outros R$ 400 mil ao final do processo.  Os negócios selecionados têm um potencial de impacto, entre cinco e dez anos, de mais de um milhão de hectares de florestas preservados, mais de 700 mil toneladas de emissão de carbono evitadas anualmente, 3,7 mil hectares de florestas recuperadas, centenas de famílias beneficiadas e injeção de cerca de R$ 30 milhões em comunidades locais.

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