Inoculação reduz uso de inseticidas e fungicidas nas lavouras

Diferentes técnicas são usadas para assegurar que o agricultor terá à sua disposição cultivares resistentes a variados tipos de doenças
Agriculture shot: rows of young corn plants growing on a vast field with dark fertile soil leading to the horizon

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 10h00

Última atualização em 14 de fevereiro de 2023 às 10h00

Acompanhe tudo sobre fungicida, Inoculação e muito mais!
Foto de arquivo

Embora pouco faladas, as técnicas de inoculação são partes fundamentais do processo de melhoramento genético para o desenvolvimento de cultivares que atendam às mais diversas demandas do agronegócio. De acordo com Heitor Dias, coordenador de pesquisa da TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo –, o procedimento é importante para assegurar que o agricultor terá à sua disposição sementes resistentes a variados tipos de doenças, que podem ser originadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. “Isso reduz o uso de inseticidas e fungicidas, que são nocivos ao meio ambiente, e aumentam as chances de uma lavoura altamente produtiva”, explica.

Segundo Dias, as técnicas de inoculação podem ser aplicadas em fases diferentes do desenvolvimento de cultivares, mas o mais comum é fazer logo após as primeiras hibridações a fim testar se as plantas que se originam dos cruzamentos apresentam resistência a algumas doenças e climas. “As plantas são levadas para as casas de vegetação, onde são expostas a patógenos comuns para cada cultura em ambientes que simulam as mais diversas condições climáticas encontradas nas lavouras, com o intuito de estimular o desenvolvimento das doenças”, diz.

O especialista comenta que o objetivo desse processo é verificar a reação de cada planta e analisar quais apresentam maior resistência em cada um dos testes. “A partir disso, é possível identificar os genes que contribuem para tornar a planta mais resistente a alguma doença e/ou condição climática e aprofundar os estudos até chegarmos a cultivar desejada para as diversas regiões do Brasil”, afirma.

TMG investe em P&D

Atualmente, a TMG realiza cerca de 700 mil inoculações por ano. “É importante frisar que como os fungos, bactérias, vírus e nematoides apresentam mutações ao longo do tempo, atualizamos constantemente nossa base de patógenos. Esse é um cuidado que precisamos ter para desenvolver as cultivares que atendam demandas atuais e não antigas”, completa.

Os processos de inoculação são apoiados pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da TMG. Atualmente, a empresa conta com especialistas em melhoramento genético que atuam nas 35 casas de vegetação em Cambé (PR) e Rondonópolis (MT). Ao todo, são 14 bases de pesquisa em melhoramento genético espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras, com ensaios e experimentos de campo.    

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Aminoácidos + cálcio e boro= aumento da florada cafeeira

2

Morango: estratégias para o manejo efetivo do Coró

3

Fósforo: conheça seu ciclo no sistema solo-planta

4

Greening: ráfia aluminizada é um aliado

5

Fertilizantes organominerais melhora pegamento e produtividade do citrus

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Foto 01 (Telefone)

Aminoácidos + cálcio e boro= aumento da florada cafeeira

Foto 01 (Telefone)

Morango: estratégias para o manejo efetivo do Coró

Foto 01 (Telefone)

Fósforo: conheça seu ciclo no sistema solo-planta

PG 80 (Telefone)

Greening: ráfia aluminizada é um aliado