Especialista alerta para eminente apagão energético de origem florestal

O consultor em agronegócio Arci Mendes explica que os sinais de perda de espaço são evidentes e especialistas já cogitam a possibilidade de um apagão.
Hortifrúti novembro 2014
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Crédito SXC

A utilização de cavacos de eucalipto em fornalhas, para a geração de calor e energia, pode estar com os dias contados. Considerado um recurso renovável, tem a preferência da indústria pela eficiência na queima e transporte, se comparado à madeira em toras. Os sinais de perda de espaço são evidentes e especialistas já cogitam a possibilidade de um apagão na energia de origem florestal.

“Me assustei ao escutar essa afirmação de um amigo que trabalha na produção de cavacos de eucalipto para a geração de calor e energia nas grandes plantas de produção no Centro-Oeste e processamento que dependem de uma fonte de energia para suas enormes fornalhas. A demanda está maior que a oferta, empurrando para cima os preços da madeira para energia”, alerta o consultor em agronegócio Arci Mendes.

O especialista explica que a recente valorização e o uso de terras que já foram consideradas secundárias para o plantio de grãos, vêm diminuindo as áreas destinadas para florestas plantadas, como eucaliptos e pinus. Por outro lado, há um aumento na demanda mundial por papel e o Brasil, por ser competitivo e eficiente, lidera a produção de celulose. “Além disso, o contínuo crescimento do agronegócio, com maior produção de grãos, gera a necessidade de aumentar a capacidade de processamento e armazenagem de grãos, ao mesmo tempo em que é preciso buscar uma maior eficiência dos secadores desses grãos, equipamentos que normalmente utilizam a lenha como combustível”, complementa Mendes.

Realidade

Dentro dessa realidade, é preciso que os secadores de grãos não só utilizem tecnologias de alta eficiência energética, mas que façam isso aumentando a velocidade de secagem, ao mesmo tempo em que preservam a qualidade física e nutricional dos grãos, importantes fatores para o alto rendimento industrial e o valor comercial em todos os tipos de grãos, como cevada, milho, soja, trigo e arroz.

Esta combinação de eficiência, capacidade e qualidade pode parecer um grande desafio, porém já há alternativas no mercado, como os secadores Compact Farm da Dryeration, produzidos com tecnologia 100% nacional.

Quando se trata de economia no uso de lenha, esses secadores consomem, em média, 12 kg de cavacos de lenha para baixar oito pontos percentuais de umidade por tonelada de grão. Equipamentos similares disponíveis no mercado nacional consomem mais de 40 kg para o mesmo trabalho, segundo pesquisa realizada na Universidade Federal de Viçosa (MG). Além disso, a alta velocidade de secagem baixa até 10 pontos de umidade por hora, levando a um alto rendimento operacional.

“Nossa eficiência energética é 75% maior, em função da tecnologia utilizada no processo de queima e recuperação do calor. No consumo de energia elétrica, a redução pode chegar a 15%”, afirma Otalício Pacheco da Cunha, diretor-presidente da Dryeratio.

A empresa aposta em produtos de tecnologia premium, diferenciada e exclusiva, para garantir uma secagem uniforme e a manutenção da qualidade dos grãos. Uma dessas tecnologias é o Estabilizador de Gases Quentes (EGQ) que, ao equilibrar volume e pressão do ar, proporciona uma alimentação uniforme e eficiente na câmera de secagem. O resultado é a secagem uniforme dos grãos.

Outro diferencial é o sistema de recirculação, que utiliza o ar quente de saída do próprio secador para a realimentação de todo o processo. Um sistema de filtragem redireciona, de volta para a queima, as películas geradas pela secagem. “Elas são recicladas e utilizadas como combustível”, explica Otalício da Cunha.

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