Impactos do novo vírus ToBRFV para a tomaticultura no Brasil e no Mundo

Enza Zaden apresenta as novas tecnologias que está trazendo para ajudar os produtores a solucionar estes problemas.
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Divulgação

O novo patógeno Tomato Brown Rugose Fruit Virus (ToBRFV), é pertencente ao mesmo gênero das viroses do mosaico do fumo (TMV- Tobacco mosaic vírus) e mosaico do tomateiro (ToMV- Tomato mosaic vírus), vírus que estão amplamente disseminados no Brasil. O ToBRFV foi descrito pela primeira vez em 2014, em Ohad Village, no sul de Israel *¹, desde então, outros países, da Europa, Ásia, África e Américas têm registrado rapidamente sua presença *². Mesmo que haja relatos não oficiais sobre a presença em países da América do sul, ainda não há registros no país.

Trata-se de um vírus com altíssima virulência no tomate e outras solanáceas, exemplo das berinjelas e pimentões. Nos outros países, o vírus tem sido identificado em locais de ambientes protegidos, como as estufas, em geral com altos prejuízos, porém pouco se sabe sobre seu comportamento em ambientes abertos, como é o caso da tomaticultura Brasileira. O que se sabe até então, é que, assim como outras espécies do mesmo gênero, Tobamovirus, o ToBRFV, apresenta uma alta transmissibilidade por forma mecânica, podendo disseminar-se rapidamente. O ToBRFV é considerado uma ameaça emergente mundial, afetando o desenvolvimento das plantas e inviabilizando a comercialização dos frutos, as perdas na produtividade podem alcançar de 30 a 70%*³.

A sintomatologia do ToBRFV pode variar de acordo com: a idade da planta infectada, condições ambientais e a susceptibilidade genética. As plantas infectadas podem demonstrar os seguintes sintomas mais comuns: aparecimento de mancha de mosaico nas folhas, estreitamento e deformação do limbo foliar, ocasionalmente necrose no cálice e nos pedúnculos. Nos frutos, manchas anelares variando de amareladas até necróticas rugosas, típico sintoma, como ilustrado na figura 1.

Figura 1/Divulgação

O diagnóstico e identificação do ToBRFV, de forma visual, pode ser pouco confiável, visto que os sintomas são parecidos com as demais viroses. No entanto, caso o produtor desconfie da doença, uma vez que as variedades nacionais apresentam boa resistência aos outros vírus do mesmo gênero, como TMV e ToMV, o produtor deverá buscar informações com órgãos governamentais de assistência técnica, empresas parceiras e consultores. Caso haja dúvidas de identificação, os profissionais podem consultar laboratórios certificados que possam isolar e identificar o ToBRFV, ademais, caso tenham acesso, podem detectar através das fitas de sensibilidade. Confirmando-se a possível ocorrência, o responsável deverá notificar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Como não há medidas curativas, o manejo preventivo se faz necessário. Estratégias, como plantio em áreas com livre histórico da doença, uso de sementes e mudas sadias a partir de empresas e viveiros idôneos, são fundamentais para início de cultivo. O monitoramento nos viveiros ou lavouras devem ser realizados periodicamente, eliminando-se as plantas sintomáticas. É recomendado, como manejo fitossanitário, a conscientização dos funcionários para as práticas de limpezas e desinfecção de materiais, equipamentos e vestimentas, com objetivo de controlar a disseminação da doença nas áreas. A circulação de maquinários, caminhões e pessoas de locais suspeitos devem ser sempre evitados. O uso de variedades resistentes é o método mais eficaz para controle da doença, pois evita a multiplicação e disseminação do vírus na área e, portanto, reduz os custos com os controles fitossanitários.

O que a Enza Zaden está trazendo para ajudar os produtores a solucionar estes problemas com novo vírus?

Presente em mais de 25 países, a Enza Zaden investe anualmente cerca de 100 milhões de euros em pesquisas e inovações. Em 2020, a empresa anunciou a descoberta de um gene de alta resistência genética contra o ToBRFV. As pesquisas mostraram o gene como uma forte solução contra o vírus, mesmo que, em áreas com alta pressão do ToBRFV, as plantas se mantêm produtivas e os frutos permanecem sem sintomas. A Enza Zaden está empenhada em inserir o gene de alta resistência em suas variedades comerciais e os primeiros híbridos já estão sendo comercializados em 2022. Uma grande segurança para os produtores e uma conquista para a tomaticultura global. 

Se quiser ler mais conteúdos como este sobre a cultura do tomate, acesse o site da Enza Zaden.

Para mais informações acesse as plataformas:
https://www.enzazaden.com/questions-and-answers-tobamo
https://www.enzazaden.com/keep-me-informed-tobrfv
https://gd.eppo.int/taxon/TOBRFV

Referências:

1- Luria N, Smith E, Reingold V, Bekelman I, Lapidot M, Levin I, et al. A New Israeli Tobamovirus Isolate Infects Tomato Plants Harboring Tm-22 Resistance Genes. PloS One. 2017; 12(1):e0170429. https:// doi.org/10.1371/journal.pone.0170429 
2- EPPO Global Database. 2019. https://gd.eppo.int/taxon/TOBRFV
3- Dey, Kishore. Pest alert. Florida Department of Agriculture and Consumer Services Division of Plant Industry.May 2019.

Autor

Leonardo Risso
Melhorista Junior – Enza Zaden Brasil

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