Algas marinhas aumentam ºBrix e reduzem queda de frutos e flores

Crédito Miriam Lins

Publicado em 3 de junho de 2017 às 07h11

Última atualização em 3 de junho de 2017 às 07h11

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Nilva Teresinha Teixeira

Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal)

nilvatteixeira@yahoo.com.br

Crédito Miriam Lins
Crédito Miriam Lins

Conceituar qualidade e produtos agrícolas não é tarefa fácil. Por vezes, o que é adequado para uns não o é para outros. Entretanto, pode-se generalizar: qualidade de produto agrícola é todo o aspecto que o torna mais adequado ao seu uso pelo consumidor e aspectos relativos à comercialização, como: sabor, cor, aroma, tamanho, formato, teores de nutrientes, tempo de prateleira, resistência ao transporte, textura, etc.

Sabor

Na formação do preço do produto agrícola, a qualidade é extremamente importante (além da oferta e procura). Quando se considera sabor de frutos, o denominado conteúdo de sólidos solúveis é um aspecto importante. Sabe-se que dentro das células vegetais há água (o principal componente) e substâncias sólidas ali dissolvidas. Entre estas substâncias sólidas, as mais importantes são os açúcares, que provocam a sensação de doce na língua, e os ácidos, que dão a percepção do azedo.

O conteúdo de sólidos solúveis é medido em graus Brix ou ºBrix. Cada grau Brix indica que em 100 gramas de polpa ou 100 gramas de suco há um grama de sólidos dissolvidos. Apesar da medição de conteúdo de sólidos solúveis, pela simplicidade do método, não ser capaz de fazer a distinção do que é açúcar e ácido, ela indica o ponto ideal da colheita, principalmente em plantas que acumulam amido antes do amadurecimento.

O amido é um polímero de glicose e não é solúvel em água. Logo, não é avaliado no processo de determinação do ºBrix. Banana, kiwi, maçã, manga e pera são exemplos de frutas que acumulam amido, que se transformará em frutose durante a maturação. Então, ferramentas que beneficiem os valores de ºBrix são interessantes, e entre elas está a inclusão de formulados com algas marinhas.

São inúmeros os benefícios que se pode alcançar com a introdução das algas marinhas nas lavouras - Crédito Shutterstock
São inúmeros os benefícios que se pode alcançar com a introdução das algas marinhas nas lavouras – Crédito Shutterstock

As algas marinhas

O potencial do emprego das algas marinhas na agricultura é conhecido desde a antiguidade, quando eram utilizadas como adubo ou como condicionador de solo. Entretanto, apenas ao final dos anos 1940 produtos compostos de algas marinhas começaram a ser comercializados como bioestimulantes e fertilizantes.

A alga marrom Ascophyllumnodosum é mais estudada e empregada na agricultura. Porém, outras algas marrons, como a Laminariaspp, que se destaca por propiciar aumento de resistência de plantas às doenças, Eckloniamaxima, Sargassumspp, e Durvillaea spp., as algas verdes Enteromorphaintestinalis e Ulva lactuca (também chamada de alface do mar) e a alga vermelha Kappaphycusalvarezii se apresentam com grande potencial de uso agrícola.

Atualmente, há uma ampla oferta no mercado de produtos contendo extratos de algas marinhas, para o uso na agricultura, voltados ao tratamento de semente, fertirrigação e, ainda, para aplicação na parte aérea da planta (pulverização).

Benefícios

São inúmeros os benefícios que se pode alcançar com a introdução das algas marinhas nas lavouras, tais quais: aumento de vigor das plantas, do desenvolvimento radicular e da síntese de clorofila; promoção de florescimento precoce, frutificação e uniformidade dos frutos; retardamentoda senescência, prolongamentoda vida útil do produto; melhora da qualidade nutricional; tolerância ao estresse hídrico, salinidade e geada; alivia doenças, criando resistência às bactérias e fungos; auxilia no controle de pragas de insetos, nematoides do solo; possui ação adjuvante em misturas de pesticidas, etc.

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Fonte nutricional

Sabe-se que as algas marinhas, devido ao meio desfavorável em que se desenvolvem, são ricas em macro e micronutrientes, e em hormônios naturais. As algas marinhas são organismos vegetais, unicelulares ou pluricelulares, que fazem fotossíntese.

Elas são fonte de vitaminas, glicoproteínas, como o alginato, de aminoácidos, que podem funcionar como bioestimulantes vegetais e, ainda, de estimulantes naturais como: auxinas (hormônios do crescimento que governam a divisão celular), giberelina (que induz floração e alongamento celular) e citocininas (hormônio da juventude, do retardamento da senescência).

Então, a introdução de produtos compostos com extratos de algas no processo produtivo, além de contribuir com nutrientes, promove o estímulo da divisão celular, o que favorece a formação das raízes propiciando, assim, melhor aproveitamento da água e dos nutrientes.

Essa matéria completa você encontra na edição de junho 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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