Enxofre com inseticida – Alternativa contra as lagartas do pimentão

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Publicado em 12 de maio de 2017 às 07h03

Última atualização em 12 de maio de 2017 às 07h03

Acompanhe tudo sobre Água, Armadilha, Hortifrúti, Lagarta, Larva, Mosca, Pimenta, Pimentão e muito mais!

Carla Verônica Corrêa

cvcorrea1509@gmail.com

Bruno Novaes Menezes Martins

brunonovaes17@hotmail.com

Engenheiros agrônomos e doutorandos na UNESP – campus de Botucatu (SP)

 

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As principais espécies de lagartas de mariposas responsáveis por perdas de produtividade em pimentão e em outras solanáceas são: Tuta absoluta, Gnorimoschemabarsaniella, Agrotisipsilon e Prodenia spp.

Além de serem mais abundantes, também apresentam distribuição generalizada nas culturas. A lagarta-rosca (Agrotisipsilon e Prodeniaspp) é problemática na fase inicial de desenvolvimento da cultura, ou seja, logo após o transplante definitivo das mudas para o campo.

Durante esse período as lagartas cortam as mudas, ocasionando a necessidade de replantio que, em muitos casos, pode chegar a 50% de reposição das mudas. Porém, mesmo com o crescimento das plantas favorecendo o aumento do diâmetro e da dureza do caule, os danos da lagarta-rosca podem ser observados por meio do corte dos ponteiros, que não oferecem resistência às suas mandíbulas.

Assim, o acompanhamento da cultura é fundamental para se evitar prejuízos em épocas em que o replantio já não é mais viável. Outras espécies que acarretam prejuízos significativos à cultura são as brocas do ponteiro e dos frutos (Tuta absoluta, Gnorimoschemabarsaniella).

Essas espécies de insetos apresentam ampla distribuição nas diferentes regiões do Brasil e têm importância econômica, uma vez que podem ocasionar perdas de até 70% aos frutos.

Características

As mariposas realizam a postura de seus ovos no interior dos botões florais ou extremidade das brotações e ponteiro, isoladamente ou em grupos de dois e três ovos. Ao eclodirem, as larvas alimentam-se do interior das hastes ou ponteiro, perfurando galerias, e também das flores e frutos.

Os prejuízos são ainda mais intensos pelo fato de uma única larva danificar vários frutos, antes de iniciar a fase de pupa no solo. Os orifícios da saída das larvas servem como via de entrada de água e de moscas diversas que ovipositam no interior dos frutos, sendo que suas larvas favorecem a deterioração dos mesmos.

O acompanhamento da cultura é fundamental para se evitar prejuízos - Créditos Shutterstock
O acompanhamento da cultura é fundamental para se evitar prejuízos – Créditos Shutterstock

Prejuízos

Geralmente, os frutos atacados pela praga desprendem-se das plantas no início da maturação. Os frutos danificados que conseguem manter-se na planta, mesmo maduros, ou aqueles que são colhidos enquanto colonizados pelas larvas acabam sofrendo deterioração após serem embalados, causando grandes prejuízos durante a comercialização.

Condições para o ataque

Alguns fatores, principalmente relacionados com o manejo, podem favorecer o desenvolvimento dessas pragas. No caso da lagarta-rosca, o plantio em áreas que apresentam restos culturais ou alta infestação de plantas daninhas favorece o aumento da população dessas lagartas.

Em relação às lagartas-do-ponteiro e dos frutos, a presença de frutos brocados nas plantas favorece novas infestações. A realização de plantios próximos em locais que apresentam histórico de infestação dessas espécies deve ser evitada, pois pode acarretar em aumento da população de indivíduos infestantes e, consequentemente, gerar danos à produção.

Prevenção

As principais medidas de prevenção para o controle das populações da lagarta-rosca são a realização de aração profunda três a seis semanas antes do plantio, evitando, nesse período, a presença de plantas daninhas e restos culturais.

Após o transplante das mudas, é de fundamental importância manter a cultura limpa, evitando-se o uso de cobertura morta, restos culturais ou de capinas, que servem de abrigo para as lagartas, protegendo-as de possíveis predadores e da ação de produtos usados para seu controle.

Recomenda-se fazer as pulverizações com inseticidas no final do dia, dirigidas à base e na projeção da copa das plantas, principalmente após o transplante das mudas. Para as lagartas-do-ponteiro e dos frutos, deve-se destruir os frutos atacados pela praga e que se encontram nas plantas, para evitar novas infestações.

A aplicação de inseticidas realizada ao entardecer proporciona eficiente controle destas espécies, podendo reduzir os danos em até 80%. A utilização de armadilhas luminosas para a captura das mariposas é importante, lembrando que estas apresentam hábito noturno e são atraídas por esse tipo de armadilha. A destruição ou incorporação de restos culturais, como frutos brocados, pode evitar que as lagartas atinjam a fase adulta.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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