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‘Podridão da uva madura’ terá protocolos específicos de manejo publicados em dezembro, após ação de pesquisadores

Controle da doença envolverá fungicidas e tratos culturais.
Hamilton Ramos / Divulgação
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Produtores de uva da região do Circuito das Frutas, no entorno da cidade paulista de Jundiaí, passarão a contar em dezembro próximo com novos protocolos agronômicos para controlar à ‘podridão da uva madura’. A doença, provocada por fungos, preocupa produtores e é alvo de estudos específicos, face às características dos ataques observados naquela área. Pesquisadores descobriram que a variação de fungos presente no Circuito das Frutas é diferente da que atinge à região Sul, por exemplo, onde a doença é comum.

O trabalho de pesquisa une o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), sediado em Jundiaí, ao Instituto Biológico, da Capital – ambos são órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. Participam ainda a Secretaria Municipal de Agricultura de Jundiaí, consultores e produtores da região do Circuito das Frutas.

De acordo com o pesquisador científico Hamilton Ramos, diretor do CEA-IAC, uma ampla lista de ingredientes ativos fungicidas foi testada nos estudos. “Identificamos produtos químicos e biológicos com alto, médio e baixo desempenho no controle regional da podridão da uva madura. A relação definitiva dos insumos recomendados será divulgada na primeira quinzena de dezembro.”

Conforme Ramos, além do tratamento à base de fungicidas, os responsáveis pela pesquisa discutirão um protocolo oficial abrangendo tratos culturais preventivos ante a podridão da uva madura, além de outras medidas agronômicas com objetivo de mitigar a doença, uma vez instalada.

Ramos comenta ainda que desde o início dos estudos sobre essa doença no Brasil, pesquisadores fizeram sequenciamento genético de mais de 50 fungos. Evoluíram depois para o isolamento e a identificação de patógenos específicos. No caso de Jundiaí, o isolamento e identificação do gênero ocorrendo na região contou com apoio dos especialistas Cesar Jr. Bueno e Ricardo Harakawa, do Instituto Biológico de SP.

“Esses fungos formam a família Glomerela ou Colletotrichum, têm sido sequenciados no Brasil e hoje são utilizados para identificar patógenos adaptados à região de Jundiaí”, esclarece Ramos.

Segundo ele, a doença ocorre comumente na região de Jundiaí a partir do mês de setembro. “O fungo age em todas as fases da uva. Não controlada, a podridão da uva madura causa perdas significativas na produção e na qualidade final do fruto. Os sintomas incluem manchas, escurecimento e murchamento da uva”, finaliza Ramos.

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