Biorrefinarias do futuro: Inpasa impulsiona a industrialização do agronegócio

A nova planta na Bahia consolida o Matopiba como corredor agroindustrial.
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A expansão das biorrefinarias de etanol de milho tem papel crucial na diversificação energética e no fortalecimento do agronegócio nacional. O biocombustível ajuda a reduzir emissões de gases de efeito estufa e gera oportunidades econômicas no interior do país. A Inpasa já é uma das maiores produtoras da América Latina, com sete unidades industriais em operação — cinco no Brasil e duas no Paraguai — e uma nova planta em construção em Luís Eduardo Magalhães (BA).

Com capacidade instalada para 5,8 bilhões de litros de etanol por ano, a companhia também produz 3 milhões de toneladas de DDGS, 245 mil toneladas de óleo vegetal e 1.500 GWh de energia elétrica renovável.

Inpasa: inovação, sustentabilidade e liderança

Fundada em 2006, no Paraguai, a Inpasa se consolidou como referência em inovação e sustentabilidade no setor agroindustrial. Desde 2018 no Brasil, a empresa vem crescendo de forma acelerada, guiada por um modelo de bioeconomia circular — que transforma cada resíduo em insumo e maximiza o aproveitamento energético.

Em 2024, a companhia investiu R$ 4,9 bilhões em expansão e inovação e emitiu 1,3 milhão de créditos de descarbonização (CBIOs) no âmbito do RenovaBio. Entre 2021 e 2024, reduziu em 43% a intensidade de emissões por tonelada de milho processado e conquistou o Selo Ouro do GHG Protocol por quatro anos consecutivos.

A Inpasa também possui certificação ISCC CORSIA, o que permite fornecer matérias-primas para combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) — um dos setores mais promissores da economia verde.

Expansão recente e impacto regional

Em setembro de 2025, a Inpasa inaugurou uma nova unidade em Balsas (MA), com investimento de R$ 2,5 bilhões, marcando um passo estratégico na consolidação do Matopiba como polo agroenergético.

A planta tem capacidade para processar 2 milhões de toneladas de milho e sorgo e produzir 925 milhões de litros de etanol por ano, além de 490 mil toneladas de DDGS e 47 mil toneladas de óleo vegetal. O modelo inclui cogeração de energia a partir de biomassa, reforçando o compromisso com a economia circular.

Durante a construção, foram gerados 3 mil empregos diretos e indiretos, e 500 funcionários já foram contratados para a operação, com prioridade para a mão de obra local.

Novas unidades da Inpasa

A construção da nova unidade da Inpasa em Luís Eduardo Magalhães (BA) representa um salto estratégico na industrialização do agronegócio brasileiro.

Mais do que uma expansão territorial, o empreendimento simboliza a consolidação do Oeste da Bahia como epicentro do desenvolvimento agroindustrial do Matopiba — região que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — ao promover agregação de valor, geração de empregos e avanços logísticos que devem redefinir o mapa da produção nacional.

Com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2026, a biorrefinaria reforça a presença da companhia em uma das áreas mais dinâmicas da agricultura brasileira. Quando entrar em operação, a planta terá capacidade para processar 1 milhão de toneladas anuais de milho e/ou sorgo, com previsão de gerar 470 milhões de litros de etanol, 245 mil toneladas de DDGS (coproduto usado na nutrição animal) e cerca de 23 mil toneladas de óleo vegetal.

A movimentação logística será intensa: mais de mil caminhões por dia devem circular entre o recebimento de grãos e o escoamento dos produtos finais.

“No período de implementação do projeto, movimentamos uma cadeia de suprimentos com mais de 200 fornecedores, o que deve gerar 10 mil cargas de materiais. Estamos gerando 2 mil empregos diretos e indiretos durante a construção e já iniciamos a contratação dos 450 colaboradores que atuarão de forma efetiva na operação industrial”, destacou o vice-presidente de Negócios de Originação da Inpasa, Flavio Peruzo.

Flavio Peruzo, vice-presidente de Negócios de Originação da Inpasa

Estratégia e potencial regional

A escolha do oeste baiano não foi casual. Segundo Peruzo, a região combina alta produtividade de grãos e proximidade com mercados consumidores estratégicos do Nordeste. Essa sinergia permite otimizar custos logísticos e fortalecer o comércio regional de insumos e biocombustíveis, reforçando o papel da Inpasa como ponte entre o campo e a indústria.

Além do etanol, a nova unidade ampliará a oferta de DDGS (Grãos Secos de Destilarias com Solúveis), um insumo cada vez mais valorizado na nutrição animal por sua alta digestibilidade e teor proteico elevado.

Outro destaque será o óleo vegetal, utilizado na formulação de adjuvantes e emulsionantes agrícolas das linhas IOP e IOM, que potencializam a eficiência dos defensivos, melhorando a aderência e penetração dos ativos e reduzindo perdas por evaporação ou deriva.

“Tanto o DDGS quanto os óleos vegetais são resultado direto da inovação e do uso inteligente dos grãos. Nossa meta é garantir uma entrega constante de produtos com alto valor agregado e qualidade reconhecida, reforçando o compromisso com a eficiência e a sustentabilidade no campo”, afirmou Rafael Verruck, diretor de Trading M.I Óleo e DDGS da Inpasa.

Rafael Verruck, diretor de Trading
M.I Óleo e DDGS da Inpasa

Valorização da produção local

A chegada da Inpasa à Bahia coincide com o movimento de integração das cadeias produtivas agrícolas. O projeto deve estimular a segunda safra e consolidar o sorgo como alternativa viável ao milho, favorecendo a previsibilidade de comercialização e o desenvolvimento da infraestrutura regional.

Com isso, os produtores locais ganham novas opções de escoamento e maior estabilidade de renda.

A expansão faz parte do plano da empresa de interiorizar a industrialização, priorizando regiões com forte vocação agrícola e boa estrutura logística. Atualmente, a Inpasa possui unidades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão, com capacidade conjunta de processamento superior a 12 milhões de toneladas de grãos por ano, produzindo 5,8 bilhões de litros de etanol, 3 milhões de toneladas de DDGS, 245 mil toneladas de óleo vegetal e 1.513 GWh de energia elétrica.

Energia limpa e futuro sustentável

A nova unidade também reforça o compromisso da Inpasa com a transição energética e a descarbonização da matriz brasileira. A companhia detém a certificação internacional ISCC CORSIA, que atesta a produção de matéria-prima destinada ao SAF (Sustainable Aviation Fuel) — combustível sustentável de aviação.

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