Vazio sanitário da soja encerra em setembro na maioria dos estados agrícolas

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O fim do vazio sanitário, em vigor em vários estados brasileiros, termina neste mês de setembro, acompanhado por uma intensa movimentação no campo. Respeitar o período de vazio sanitário é condição indispensável para garantir o plantio no tempo adequado e reduzir os riscos de doenças. Mas a atenção não para por aí: fatores como clima, custos de produção, logística e qualidade das sementes também têm peso decisivo na rentabilidade da lavoura.

O período de proibição do cultivo da oleaginosa, que normalmente ocorre entre junho e setembro, tem como objetivo interromper o ciclo da ferrugem asiática, doença considerada a mais severa da cultura da soja e responsável por grandes perdas de produtividade quando não controlada. A medida busca eliminar plantas voluntárias – conhecidas como “tigueras ou guaxas” – que servem de hospedeiras ao fungo Phakopsora pachyrhizi, transmissor da doença, garantindo assim uma “quebra” no ciclo do patógeno antes do início do novo plantio.

Em estados como Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rondônia, o vazio sanitário já faz parte do calendário agrícola e exige disciplina dos sojicultores. Além de cumprir a legislação, respeitar o período sem soja significa investir em sanidade, reduzir a dependência de fungicidas e assegurar o potencial produtivo da safra seguinte.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, o cumprimento do vazio sanitário tem impacto direto na produtividade e na qualidade da safra. Ao reduzir a pressão de doenças e pragas logo no início do ciclo, o produtor consegue economizar em defensivos e garantir grãos de melhor qualidade.

Nesse sentido, planejamento agrícola e uso de tecnologias são aliados indispensáveis para uma produção mais sustentável e eficiente. Esse também é o foco da Motomco, empresa que desenvolve medidores de umidade de grãos, utilizados desde a colheita até o armazenamento. “Zelar por uma boa safra começa ainda no período do vazio sanitário e se estende até a comercialização. O grão precisa estar no ponto ideal de umidade para alcançar a melhor valorização na hora da comercialização. No caso da soja, essa faixa deve ficar entre 13% e 14%”, explica Roney Smolareck, engenheiro agrônomo da Motomco, empresa que fabrica medidores de umidade de grãos.

Segundo ele, com o uso de medidores de umidade, o agricultor consegue acompanhar a condição dos grãos em todas as etapas: durante a colheita, no transporte e até a entrega em armazéns, cooperativas ou tradings. “Os cuidados não se limitam ao início do plantio, mas se estendem principalmente à colheita, etapa decisiva para garantir bons resultados. Com tecnologias como o sistema Connect, o produtor pode monitorar todo o processo com mais segurança e precisão”, enfatiza Smolareck.

DESCUMPRIMENTO – De acordo com Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o descumprimento do vazio sanitário, no entanto, pode trazer prejuízos diretos ao bolso. Quem for flagrado com soja no campo durante o período proibido está sujeito a multas e até mesmo à interdição da área. Para garantir que a regra seja cumprida, equipes de fiscalização percorrem as propriedades rurais em todo o estado.

Embora o foco seja a soja, a prática também traz reflexos positivos para outras culturas, já que ajuda a reduzir a pressão de pragas e doenças no sistema agrícola como um todo. Além disso, muitos estados contribuem para o esforço nacional de controle da ferrugem, uma vez que a doença se espalha facilmente entre regiões produtoras.

Confira os períodos de semeadura para a cultura da soja:

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