Quando José Geraldo da Silveira Mello entrou para a Coopercitrus em 1978, a Valtra já era uma conhecida da cooperativa. À época ainda chamada de Valmet, a marca completava seus primeiros 13 anos no Brasil, enquanto a Coopercitrus já era concessionária desde 1970. De lá para cá, essa parceria amadureceu, se fortaleceu e contribuiu para transformar ambas as instituições em referências nacionais no agronegócio.
“Dos 65 anos da Valtra no Brasil, nós estamos há 55 como concessionários. É uma vida inteira dedicada a construir uma relação de confiança”, destaca José Geraldo. Com quase cinco décadas de atuação na cooperativa, ele viu a evolução da marca desde os primeiros tratores 360, 600D, 65ID e 85ID, até os mais recentes lançamentos com tecnologia de ponta.

De 25 tratores ao ano para mais de mil: a revolução no campo
No início, a Valtra vendia cerca de 25 tratores por ano via Coopercitrus. Um número modesto que não refletia o potencial da marca. Com planejamento e ousadia, essa realidade mudou. “Demoramos 16 anos para expandir nossa atuação, mas a partir de 1994 nos transformamos em uma das maiores concessionárias Valtra do Brasil e do mundo”, lembra.
Essa transformação só foi possível com um trabalho focado em capilaridade, relacionamento com os produtores e um portfólio robusto. Hoje, a Valtra oferece máquinas para culturas como citros, café, cana, grãos e pecuária, com linhas leve, média e pesada. “Ela tem produtos para todos os tipos de clientes — do pequeno ao grande produtor”, reforça.
O diferencial está no campo e no capital humano
Mais do que máquinas, José Geraldo acredita que o diferencial da Valtra está nas pessoas. “O que fideliza o cliente é o concessionário. Não é só a marca, é quem atende, quem resolve, quem está ao lado do produtor no dia a dia. Nós temos 22 lojas, mais de 150 mecânicos eplantão de atendimento”, afirma.
A Valtra, em parceria com a cooperativa, investe pesado em treinamento técnico, cursos de operação, revisões preditivas e planos de manutenção. Tudo com o objetivo de garantir a disponibilidade das máquinas e o melhor custo-benefício para o produtor. “Máquina parada é prejuízo. Nosso papel é garantir que isso não aconteça”, resume.
Tecnologia como alavanca de crescimento
Nos últimos cinco anos, a Valtra lançou sua série CVT, de 195 a 305CV, com tratores totalmente automáticos e potências que chegam a 420 CV. O avanço tecnológico recolocou a marca na liderança do setor sucroenergético, com a inclusão dos tratores da Série S e Série Q além de abrir novas portas em mercados antes dominados por concorrentes.
“Com a tecnologia e a telemetria, conseguimos competir de igual para igual com qualquer outra marca. O produtor quer produtividade, mas também quer ergonomia, economia e inovação. A Valtra entrega tudo isso.”
Sustentabilidade e planejamento de longo prazo
José Geraldo também destaca o compromisso ambiental da marca. Todas as oficinas da cooperativa são homologadas para coleta e contenção de resíduos, como óleos e fluidos. “Nossas operações seguem padrões rigorosos. Isso é essencial para quem busca certificações, que geram bonificações por práticas sustentáveis.”
O futuro também está no radar: a Valtra já desenvolve tratores menores para culturas como café e hortifrúti e planeja máquinas autônomas. “A estratégia é pensada todos os dias. Reunimos com a fábrica para entender tendências e antecipar demandas.”
Legado e emoção: paixão que atravessa décadas
Aos 65 anos da Valtra, José Geraldo resume o sentimento em uma palavra: gratidão. “Eu me emociono. Vi essa marca expandir no Brasil. Vi ela crescer, inovar, encantar. Hoje, ela representa uma paixão. Quem compra, volta a comprar. E isso é o maior sinal de confiança.”

Para ele, a longevidade da marca depende de algo além da tecnologia: o capital humano. “A máquina pode ser moderna, mas é o olho no olho que faz a diferença. Nenhuma inteligência artificial substitui isso. É por isso que seguimos firmes, para que a Valtra complete 75, 85, 100 anos de história no Brasil.”
Frase para brindar os 65 anos: “Gratidão.”
Essa é a palavra que José Geraldo diz que melhor define uma trajetória marcada por inovação, confiança, parceria e, acima de tudo, paixão pelo agro brasileiro.