De 19 a 21 de agosto, Bragança Paulista (SP) recebeu mais uma edição do Bejo a Campo, evento que desde 2007 se consolidou como referência em inovação, conexão e negócios para a horticultura brasileira. Mais abaixo, leia tudo sobre as novidades que o Bejo a Campo 2025 trouxe.
Após a pausa durante os dois anos de pandemia, a feira retorou com força total e um diferencial que a torna única: o catálogo vivo de cultivares plantado a campo, onde produtores podem observar de perto os materiais em desenvolvimento e os já consagrados da empresa.
“O Bejo a Campo é a casa da beterraba, mas também traz nossas cenouras, cebolas, brássicas, folhosas e muitas novidades. O produtor enxerga a planta como ela realmente se comporta no campo”, explica Larissa Zago, marketing da Bejo Sementes.
A cada dia, cerca de 350 visitantes circularam pelos talhões, vindos de diferentes estados, como Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia e, claro, São Paulo.
Lançamentos que marcam o calendário
Entre os destaques da edição de 2025 está o brócolis Bragantino, estrela do evento, fruto do renovado programa de desenvolvimento da Bejo. A cultivar se diferencia pela arquitetura ereta, cabeça pesada e uniforme, além de shelf life prolongado. Ao lado dele, o brócolis Claremont, com resistência aérea, também chamou atenção dos produtores.
Outro lançamento de impacto foi a cebola Tacoma, apresentada ao público pela primeira vez e que promete ser o grande foco da empresa em 2026. “Este foi o ano do brócolis, no próximo será o da Tacoma”, reforça Larissa.
O portfólio ainda incluiu a já tradicional cenoura Natuna, sucesso em várias regiões, novas variedades de radicchio, como Teline, Barocci e Canova, além de alfaces, chicórias e beterrabas selecionadas por grupos de qualidade, resistência e tolerância ao calor.
Mais que sementes: soluções
Para a Bejo, o evento vai além da vitrine de produtos: é também espaço de diálogo aberto com os agricultores. “Mais do que vender semente, tentamos oferecer soluções para hoje e para daqui a 50 anos. O produtor confia no Bejo a Campo porque mostramos o que dá certo, mas também o que deu errado. Se atrasou uma couve-flor, se uma praga apareceu, mostramos como está no campo — porque é o que acontece também na lavoura do agricultor”, afirma Paulo Christians, diretor da Bejo Brasil.
Essa transparência, segundo ele, é um dos pilares que consolidaram o evento. “É um momento para ouvir o produtor, captar novas demandas e iniciar programas de pesquisa que tragam respostas nos próximos anos.”
Conexões e tradição
Além da vitrine tecnológica, o Bejo a Campo 2025 é também espaço de encontro e relacionamento. Sete empresas parceiras participaram como expositoras — Agroflex, Aqua, Altec, Goan, Biomix, Green Hass e Syngenta Crop Protection — ampliando a oferta de soluções em insumos e tecnologias para os visitantes.
A tradição também se manteve: o almoço com porco no rolete, presente desde a primeira edição, reuniu produtores, técnicos e parceiros em um clima de descontração, música sertaneja e troca de experiências. Neste ano, a alface Grazina ainda protagonizou um sorteio especial com kits para os participantes.
Qualidade acima da quantidade
Em 17 anos, o Bejo a Campo cresceu em importância e alcance, mas manteve a essência. “Nunca buscamos ser um evento de massa. Preferimos qualidade à quantidade. Mil visitantes em três dias nos permitem dar atenção a cada produtor, entender suas demandas e fortalecer nossa parceria no campo”, destaca Paulo Christians.
Entre lançamentos, ensaios, tradição e proximidade, o evento reforçou o lema da Bejo: estar ao lado de quem faz a horticultura acontecer, “amassando barro” e construindo soluções no presente e no futuro.
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