Sergio Luiz de Almeida
Engenheiro agrônomo – Plant Health Care
O estresse hídrico causado por altas temperaturas e chuvas irregulares pode comprometer o desenvolvimento da cultura e reduzir seu potencial produtivo. Para minimizar esses impactos e garantir uma recuperação eficiente, o uso de bioativadores tem ganhado espaço.
Diferente dos bioestimulantes, que fornecem substâncias prontas para influenciar o metabolismo da planta, os bioativadores desencadeiam processos naturais da própria planta, melhorando sua fisiologia sem alterar diretamente seu crescimento.
Soluções inovadoras
Entre os bioativadores mais inovadores, a Plant Health Care (PHC), empresa subsidiária da P.I. Industries no Brasil, destaca o HPLANT®, uma proteína com características elicitoras, que permite que a planta se desenvolva fisiologicamente e se prepare para enfrentar os estresses bióticos e abióticos.
Esta tecnologia inovadora estimula o desenvolvimento e a produção de forma sustentável, ativando o potencial fisiológico das plantas.
Reflexos na lavoura
Os principais efeitos do HPLANT® em diferentes cultivos incluem aprimoramento da resposta ao estresse hídrico e térmico, pela ativação de genes relacionados à defesa vegetal, que melhoram a resiliência da planta em períodos de seca e calor intenso, o estímulo ao metabolismo e à respiração celular, a maior eficiência na absorção e mobilização de nutrientes, e até uma indução de resistência natural contra doenças, contribuindo para o desenvolvimento mais saudável da planta.
Dessa forma, a planta apresenta desenvolvimento radicular mais eficiente, resultando em crescimento vigoroso e aumento da resistência, o que impacta positivamente os componentes da produção.
Efeitos em diferentes cultivos
Em café, por exemplo, HPLANT® impacta positivamente fatores de produção como o comprimento dos ramos laterais, o número de gemas e a uniformidade de maturação dos frutos, resultando em um incremento médio de nove sacas de café beneficiado por hectare, conforme ilustrado na Figura 1, em algumas das principais variedades de café plantadas no Brasil, comparadas com as áreas não tratadas (padrão do produtor).

Cana
Em cana-de-açúcar, comercializada sob a marca H2COPLA desde 2018 pela Coplacana, apresenta resultados consistentes de incrementos de 23,2% (média de 21 locais), quando aplicado no vegetativo, conforme Figura 2.

No milho, apresenta incrementos médios de produtividade de 0,5 t/ha, quando utilizado em aplicações foliares, no estádio V2-V3, comparados com as áreas não tratadas. Na soja, ensaios realizados em 12 diferentes regiões nesta última safra 2024/25, mostraram incrementos médios de 3,8 sacas por hectare, conforme ilustrado na Figura 3.

Acreditamos que, em momentos em que estresses climáticos são cada vez mais comuns, o foco do agricultor deve ser voltado a maximizar a eficiência dos recursos disponíveis, minimizar o risco da produção e garantir os altos níveis de produtividade esperados.
As práticas e tecnologias inovadoras estão disponíveis e desempenham um papel fundamental em superar os desafios de produtividade e sustentabilidade, permitindo que os agricultores assegurem a longevidade de seus cultivos e a competitividade no mercado.

