Sekita Agronegócios: do sítio do avô ao protagonismo nacional

Sekita Agronegócios é referência nacional na produção de cenoura, alho, beterraba e leite. Produz, anualmente, 9.000 toneladas de alho, 60 mil toneladas de cenoura e é quarto maior produtor de leite do Brasil.
Fotos: Sekita Agronegócios
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Do campo à mesa, o foco é um só: produzir alimentos que façam bem às pessoas. Esse é o propósito que move a Sekita Agronegócios, empresa agropecuária dirigida por Eduardo Sekita de Oliveira, produtor rural que entende o agro com a visão de quem cultiva, colhe e consome.

Ele lidera um modelo de negócio coletivo, sustentável e inovador, que conecta tradição japonesa, agricultura familiar e uma visão de futuro para o agro brasileiro.

Com produção diversificada e expressiva, a Sekita se destaca no mercado de alho, cenoura e beterraba, além de atuar em parceria com outras empresas que também produzem repolho, brócolis e couve-flor.

No setor pecuário, a marca também é forte, evidenciando a robustez do negócio que integra agricultura e pecuária com excelência.

Da esquerda para direita: Fernando Sekita, diretor agrícola, Tamio Sekita, conselheiro, Eduardo Sekita, diretor executivo, e Makoto Sekita, conselheiro

Trajetória que começa no berço

A história da Sekita Agronegócios não começa como a de uma grande corporação. Começa com um sítio pequeno no Paraná, onde um imigrante japonês plantava café e cereais com a ajuda da esposa e dos filhos.

Hoje, a empresa, que está localizada em São Gotardo (MG), no Alto Paranaíba, é referência nacional na produção de cenoura, alho, beterraba e uma das maiores produtoras de leite do Brasil.

Eduardo Sekita de Oliveira representa a terceira geração de uma família que fez do agro sua missão e vocação.

Raízes fortes, frutos coletivos

A jornada da Sekita começa na década de 1940, com a chegada do avô de Eduardo ao Brasil. Instalado no interior do Paraná, ele iniciou uma vida agrícola com poucos recursos e muita resiliência.

Com o crescimento dos filhos, surgiu a necessidade de novos caminhos. Assim, na década de 1970, o filho mais velho, Tamio Sekita, foi desbravar o cerrado mineiro, em São Gotardo. Lá, junto com outros irmãos, iniciou a transição para as hortaliças, fundando um modelo cooperativo pioneiro na região.

“A produção de hortaliças exigia mais investimento e organização. Foi aí que os produtores começaram a se unir de forma estruturada, formando o embrião do que viria a ser a Sekita Agronegócios”, conta Eduardo.

Hoje, a empresa conta com cerca de 50 sócios, entre membros da família e colaboradores de longa data. Um modelo que valoriza governança, inclusão e continuidade geracional.

Sekita Agronegócios opera com uma diversidade de culturas e um
volume de produção que impressiona
Arte: Campo & Negócios

Agricultura circular e propósito sustentável

Muito mais que produtividade, a Sekita quer ser símbolo de sustentabilidade e inovação consciente. Desde 2008, quando iniciou sua atividade pecuária, a empresa passou a adotar o conceito de agricultura circular: resíduos orgânicos da produção leiteira são transformados em compostos e biofertilizantes, que retornam às lavouras, reduzindo o uso de insumos químicos e fortalecendo o solo.

Entre as principais práticas adotadas, destacam-se:

– Uso crescente de defensivos biológicos e rotação de culturas;

– Aplicações localizadas com drones e irrigação controlada com modelos matemáticos;

– Repovoamento do solo com fauna microbiana benéfica;

– Constante atenção à eficiência hídrica, energética e ambiental.

“Nosso foco é cuidar do solo, produzir com equilíbrio e deixar um legado. Não há produtividade sem sustentabilidade”, afirma Eduardo.

A Sekita é a 4º maior produtora de leite do Brasil

A marca Sekita e o desafio da diferenciação

Mesmo sendo reconhecida nacionalmente por distribuidores e atacadistas, a marca Sekita ainda enfrenta o desafio de se conectar diretamente com o consumidor final, já que a maior parte da produção é vendida a granel e diluída nas gôndolas do varejo.

Para mudar isso, a empresa começa a investir em produtos fracionados e embalados, buscando agregar valor, praticidade e identificação para o consumidor — sem perder escala.

Já há planos para lançar hortaliças com a marca Sekita, incluindo variedades especiais com mais sabor e nutrição, como cenouras com maior brix e baby carrots produzidas no Brasil, que hoje ainda são importadas.

“A diferenciação é o caminho para sair da commodity. Mas para isso, precisamos de inovação, parceria com o varejo e educação do consumidor. É um movimento de médio a longo prazo, mas é inevitável”, destaca Eduardo.

Agro com propósito: produzir alimentos que fazem bem

Segundo Eduardo Sekita, a empresa tem buscado inovações para atender uma demanda crescente dos consumidores urbanos: produtos prontos para o consumo, com garantia de qualidade e segurança alimentar.

Para isso, o investimento em hortaliças fracionadas, embaladas e com rastreabilidade é um dos principais pilares da nova fase da empresa. “Nosso desafio é levar ao consumidor praticidade sem abrir mão da qualidade. Queremos que a pessoa olhe para a gôndola, veja a embalagem da Sekita e saiba que está levando um alimento seguro, nutritivo e com procedência garantida”, afirma Eduardo.

A ideia é simples, mas poderosa: oferecer uma experiência de compra livre da dúvida e do retrabalho. Nada de perder tempo escolhendo hortaliça por hortaliça — a Sekita quer que a confiança na marca fale mais alto.

Eduardo Sekita, diretor executivo do grupo

Para Eduardo, um dos maiores desafios é equilibrar tradição e inovação sem perder a essência do campo. “O meu vendedor quer vender um caminhão de cenoura, não um pallet embalado. Se quisermos entrar no mercado de valor agregado, teremos que capacitar nossa própria equipe, além de preparar o varejo e o consumidor”, reflete. Mesmo assim, ele acredita que esse é um caminho sem volta. “Produzir alimentos que fazem bem é mais do que um slogan. É um compromisso com o presente e o futuro da agricultura.”

Mais do que um slogan, “produzir alimentos que fazem bem” é o norte estratégico da Sekita Agronegócios. Isso significa:

 – Produtos que fazem bem para quem consome, com segurança e valor nutricional;

– Um ambiente que faz bem para quem trabalha, com valorização e desenvolvimento de pessoas;

– Um sistema que faz bem para a sociedade, com legalidade, responsabilidade fiscal e impacto positivo no entorno.

“Não se trata só de produzir. Trata-se de como e por que produzimos. A missão é clara: gerar alimento, saúde e futuro”, resume Eduardo Sekita.

Produzir alimentos que fazem bem: mais que slogan, é missão

A Sekita Agronegócios vai além da eficiência produtiva. Está comprometida com a sustentabilidade, a nutrição de qualidade e a experiência positiva do consumidor. Por isso, todas as etapas do cultivo às embalagens são pensadas para reduzir impactos, preservar a qualidade dos alimentos e promover bem-estar.

“Produzir alimentos que fazem bem às pessoas” não é apenas um lema para a empresa — é um compromisso real com quem consome, com quem planta e com o planeta.

Arte: Campo & Negócios

Eduardo vai além: “os sócios da Sekita têm um compromisso social com a sociedade. O Makoto Sekita, meu tio, que foi meu antecessor na diretoria executiva da Sekita e grande idealizador deste modelo de grupo, hoje se afastou da empresa para se dedicar à vida pública, como prefeito de São Gotardo”, relata.

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