CESB consagra os Campeões de Máxima Produtividade de Soja

O Grupo Agro Mallon, com a Fazenda Santa Bárbara, em Canoinhas (SC), foi o campeão da Região Sul e também campeão nacional, com uma produtividade de 135,49 sc/ha.
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Apresentação de cases de sucesso e compartilhamento de informações valiosas e necessárias para ajudar no equilíbrio entre sustentabilidade e produtividade. Essa foi a dinâmica do Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja, realizado no dia 26 de junho, em São Paulo (SP).

Além dos grandes campeões de produtividade de soja na safra 2024/25, o 17° Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do CESB teve ainda 4700 áreas inscritas, sendo que 812 áreas foram auditadas na colheita, totalizando 4 milhões de hectares em área de soja plantada.

Pelo Brasil afora

As áreas auditadas estão distribuídas em 15 estados brasileiros, e tiveram uma média de produtividade de 95,69 sc/ha, que é muito superior à média nacional registrada pela Conab/IBGE (58,90 sc/ha).

De acordo com Daniel Glat, presidente do CESB, o Fórum é um incentivador das boas práticas agrícolas e um impulsionador da sojicultura nacional. “O Fórum apresentou novas tendências, dados inéditos e recomendações agronômicas validadas em campo. Trata-se de um evento tradicional, que reúne pesquisadores, consultores, produtores, empresas e imprensa especializada para um momento de reflexão, inspiração e atualização técnica de alta performance”.

Sergio Abud, vice-presidente do CESB, destaca que o Fórum é mais do que um reconhecimento, é uma vitrine das boas práticas que estão moldando o futuro da sojicultura brasileira. “Com mais uma edição do Fórum, o CESB reafirma seu compromisso em gerar e compartilhar conhecimento técnico de excelência. A integração entre ciência, manejo de precisão, genética, qualidade de sementes e práticas agronômicas sustentáveis é o caminho para romper barreiras de produtividade com responsabilidade econômica e ambiental. Ao reunir os melhores resultados do país, o Fórum fomenta a construção de sistemas produtivos cada vez mais eficientes, rentáveis e resilientes”, afirma Abud.

Processo de auditoria

O processo de auditoria é o grande diferencial do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. Trata-se de uma auditoria independente, realizada por empresas e profissionais capacitados com critérios técnicos rigorosos, incluindo mapeamento geográfico, análise de solo e avaliação da colheita.

De acordo com Lorena Moura, coordenadora técnica do CESB, o rigor do processo de auditoria garante a confiabilidade do Desafio do CESB. “Todo o processo segue um protocolo que foi elaborado e patenteado para que seja realizado da mesma forma em todas as regiões do Brasil por todos os auditores. O processo é criterioso e inteiramente acompanhado de perto por um auditor e documentado com fotos, que trazem a data, horário e as coordenadas daquela fotografia”, explica.

A coordenadora do CESB destaca que a carga com os grãos colhidos é enlonada, lacrada e escoltada pelo auditor até a balança. “Além disso, o auditor acompanha a classificação dos grãos (medições de impurezas, umidade e peso de mil grãos (PMG)) pelo armazém. Ao final do Desafio, os produtores e consultores recebem um laudo da auditoria realizada com todas as informações do manejo da lavoura colhida e resultados da produtividade da área”. 

Práticas agronômicas adotadas pelos campeões

Cultivar, plantabilidade, rotação de culturas, tratos culturais, ROI, correção e adubação, clima, tecnologias e máquinas. Esses fatores contribuíram para os sojicultores campeões atingirem elevados níveis produtivos.

Em relação à cultivar, João Ganem, coordenador técnico do CESB, aponta os altos valores de PMG obtidos nas lavouras campeãs. Além disso, destaca as excelentes taxas de vigor e germinação das sementes utilizadas, bom posicionamento e arranjos populacionais adequados.

No quesito plantabilidade, ele aponta para as baixas taxas de falhas e/ou plantas duplas e triplas, como também para o correto posicionamento de profundidade de sementes e fertilizantes no sulco.

Já nos fatores rotação de cultura e em tratos culturais, Ganem revela que, dos seis campeões, cinco possuem sistemas consolidados de rotação de cultivos e que o mesmo índice também foi verificado na utilização de produtos biológicos para tratamento de sementes.

“Para aplicações foliares, os estádios fenológicos mais relatados no manejo dos campeões foram R1, R3 e R5, com uso de produtos fitossanitários (como os fungicidas e inseticidas), associados aos produtos de nutrição foliar. Os campeões registram um número médio de 8 entradas na lavoura, com aplicações combinadas”, explica o coordenador do CESB.

Solo e clima

Lorena destaca, no aspecto correção e adubação, que, em média, os campeões realizam a correção do solo a cada dois anos (ano sim, ano não), o que é fundamental para a correção do pH do solo, tornando os nutrientes adicionados com as adubações mais disponíveis às plantas.

Já em relação ao clima, a coordenadora explica que, nas regiões campeãs, ele foi um diferencial e contribuiu muito para o sucesso da lavoura. “A eficiência climática calculada para as áreas campeãs foram todas acima de 72%”.

No aspecto tecnologias e máquinas, evidenciou-se que os campeões fazem uso das tecnologias (análise de imagens, NDVI, divisão dos talhões em zonas de manejo etc.) para auxiliar no manejo da lavoura e otimizar o uso dos insumos nas áreas. “Além disso, é importante destacar a atenção com as regulagens e ajustes dos maquinários utilizados”, pontua Lorena.

Todas essas práticas agronômicas, segundo Ganem,  levaram a um ROI médio de R$ 1,77, reforçando a “máxima do CESB” de que as altas produtividades estão associadas às altas rentabilidades. Destaque para o ROI do campeão Nordeste de R$ 2,44.

Campeões do Desafio

O Fórum revelou os vencedores do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja safra 2024/25, ou seja, os melhores produtores e consultores especialistas em soja de todas as regiões do Brasil.

O Desafio é dividido em duas categorias: sequeiro e irrigado. A categoria sequeiro apresentou os campeões regionais (centro-oeste, sul, nordeste, norte e sudeste). Já a categoria irrigado terá diretamente seu campeão nacional. O maior resultado entre as duas categorias é consagrado como o grande campeão CESB.

O grupo Agro Mallon, com a Fazenda Santa Bárbara, em Canoinhas (SC), foi o campeão da região sul e também o grande campeão nacional, com a maior produtividade, de 135,49 sc/ha.

Já na categoria Irrigado, o campeão nacional foi o produtor Paulo Storti, com a Fazenda Santana, de Itapeva (SP), que registrou uma produtividade de 126,71 sc/ha.

O Grupo Gorgen triunfou em duas regiões. A Fazenda Barcelona, de Riachão das Neves (BA), com uma produtividade de 130,71 sc/ha, foi a vencedora da região nordeste – Categoria Sequeiro; e a Fazenda São Gabriel, de Mateiros (TO), registrou 112,85 sc/ha, obtendo o primeiro lugar na região norte – Categoria Sequeiro.

Na região centro-oeste categoria Sequeiro, com uma produção de 124,80 sc/ha, o campeão foi o Grupo Fiorese, com a propriedade Oli Antonio Fiorese, de Formosa (GO); e na região sudeste, o primeiro lugar foi conquistado pelo produtor Hiroyuki Oi, que obteve 119,25 sc/ha, na propriedade Estância Célia, localizada em Itapetininga (SP).

Consultores

Leandro Barcelos foi o consultor campeão da região sul e também campeão nacional, e o consultor Adriano Leite Oliveira foi o campeão na categoria Irrigado/Nacional.

Edinei Antônio Fugalli conquistou dois títulos: Campeão região nordeste – Categoria Sequeiro e também Campeão região norte – Categoria Sequeiro.

Já o consultor Boleslau Wesguerber Junior venceu na região centro-oeste Categoria Sequeiro e Humberto Barreto Dalcin triunfou na região sudeste – Categoria Sequeiro. 

Checagem Eco Ambiental

De acordo com Luiz Silva, Diretor Executivo do CESB, todos os campeões do CESB passaram por um processo minucioso de checagem eco ambiental na qual práticas ESG voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial são levadas em consideração.

“Um exemplo é a importante análise de ecoeficiência, que tem como objetivo integrar a Avaliação de Ciclo de Vida e custos para gerar um indicador combinado, seguindo padrões internacionais conhecidos. O escopo da análise engloba todas as fases da produção, desde o cultivo até a colheita e considera insumos agrícolas, combustíveis e água que contribuem para a produtividade auditada”, explica.

Os dados são obtidos diretamente dos produtores, e cada campeão de produtividade é comparado com a média de sua região. Os resultados mostram que os campeões superam suas médias regionais em ecoeficiência, ilustrando o impacto positivo das melhores práticas agrícolas.

O Fórum Nacional de Máxima Produtividade do CESB se tornou um termômetro da evolução tecnológica do agronegócio brasileiro e da capacidade dos produtores em superar limites de produtividade com responsabilidade socioambiental.

Todas as informações obtidas pelo CESB serão tratadas com sigilo e confidencialidade, sem divulgação de detalhes específicos das fazendas e em conformidade com as leis vigentes de proteção de dados.

O CESB é uma OSCIP – organização sem fins lucrativos, composta por 20 membros especialistas e 22 organizações patrocinadoras que acreditam e contribuem para o avanço sustentável dos mais altos índices de produtividade de soja no Brasil, são elas: Basf, Intacta I2x, Syngenta, Jacto, John Deere, Simbiose, Bioma, Biograss, Sumitomo, Acadian, Alltech, Atto Sementes, Brandt, Brasmax, Corteva, Ferticel, HO Genética, ICL, Lallemand, Mosaic, Stoller, Timac Agro, Ubyfol, Yara, Valence, Elevagro e IBRA.

Mais informações pelo telefone: (15) 3418.2021 ou pelo site www.cesbrasil.org.br

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