Pinhão gera renda e preservação ambiental no Sul de Minas

Veja como o pinhão gera renda e preservação ambiental no Sul de Minas com ações de plantio, manejo e processamento sustentável.
Coleta de pinhão sob araucárias na Serra da Mantiqueira
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O pinhão gera renda e preservação ambiental nos municípios da Serra da Mantiqueira, em especial em Delfim Moreira (MG), segundo maior produtor da semente no estado. Mesmo com a quebra de safra este ano, o município aposta em ações de estímulo ao plantio de araucárias e na criação de uma unidade processadora para agregar valor ao produto.

A estimativa é de que a safra local atinja cerca de 500 mil quilos de pinhão, movimentando aproximadamente R$ 3,5 milhões por ano com base em um manejo extrativista que preserva o ecossistema nativo da araucária.

Processamento do pinhão agrega valor e garante renda

Para fortalecer a cadeia produtiva, a Prefeitura de Delfim Moreira, em parceria com a Embrapa Florestas e a Avon, trabalha na construção de uma unidade processadora de pinhão. A estrutura permitirá que os produtores comercializem a semente durante o ano todo, obtendo melhores preços.

“A unidade estará funcionando na próxima safra, e trará novos produtos com o pinhão como base”, afirma Joelma Pádua, secretária municipal de Agricultura.

Além da geração de renda, o projeto incentiva a conservação da araucária, árvore símbolo do Sul de Minas e essencial para o equilíbrio ambiental da região.

Plantio de araucárias fortalece conservação ambiental

Outro destaque é o viveiro municipal, que distribui mudas enxertadas de araucária aos agricultores. Segundo Túlio César Meireles, da Emater-MG, mais de 400 novas árvores já foram plantadas. A empresa também oferece assistência técnica aos produtores da Associação Araucária.

“O pinhão é um produto da biodiversidade e fonte de renda para nós. A unidade processadora vai permitir a criação de novos produtos e fortalecer nosso festival gastronômico”, comenta Mariana Sousa, produtora local.

O município ainda promove ações educativas nas escolas e, em outubro, sediará um seminário sobre araucárias para ampliar o debate sobre sustentabilidade.

Safra de 2025 foi impactada pelo clima

Apesar dos avanços, a safra 2025 foi 50% menor. O calor intenso e os temporais do início do ano comprometeram a polinização da araucária. Isso reduziu o tempo de colheita, que normalmente vai até julho, mas foi encerrada em maio.

Com menor oferta, o preço do quilo do pinhão subiu de R$ 3 para R$ 6, compensando parte das perdas. A semente é amparada por garantia de preço mínimo da Conab, mas este ano a subvenção não precisou ser acionada.

Minas Gerais aposta no pinhão como ativo sustentável

Cerca de 2 mil produtores mineiros atuam na colheita anual do pinhão. Segundo dados da Emater-MG, os principais municípios produtores em 2024 são:

  1. Itamonte – 1,2 tonelada
  2. Delfim Moreira – 500 mil kg
  3. Alagoa – 700 mil kg
  4. Baependi – 480 mil kg
  5. Marmelópolis – 475 mil kg

O crescimento dessa cadeia produtiva mostra como o pinhão gera renda e preservação ambiental, fortalecendo a economia local e promovendo a sustentabilidade na Serra da Mantiqueira.

Jornalista responsável: Flávia Freitas

Fotos: Divulgação Emater-MG e Divulgação Prefeitura Municipal de Delfim Moreira (viveiro)

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