Com quebra de safra, agroindústria ameniza queda do PIB da soja e do biodiesel

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Publicado em 3 de agosto de 2024 às 10h34

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h00

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Depois de avançar mais de 21% em 2023, o PIB da cadeia da soja e do biodiesel deve diminuir 5,33% em 2024, devido à quebra da safra da soja e seus reflexos nos agrosserviços. Em compensação, o bom desempenho esperado para a agroindústria, impulsionado pelo biodiesel e pelas exportações de farelo de soja, que tem impactos positivos também nos agrosserviços, deve contribuir positivamente com o PIB e impedir uma queda mais acentuada para a cadeia produtiva. 

O PIB total da cadeia deverá ser de R$ 422 bilhões em 2024, representando 18% do PIB do agronegócio nacional e 3,9% da economia brasileira como um todo. As informações são do levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A queda no PIB da soja está estimada em 13,07%, para os agrosserviços, pode cair 4,28% em 2024. Já para a agroindústria, o crescimento está estimado em 2,95%, com avanços em todos os segmentos: 0,59% para o esmagamento e refino, 2,6% para as rações e expressivos 36,47% para o biodiesel. A maior demanda pelo biocombustível se reflete positivamente no PIB do próprio subsegmento, assim como influencia o bom resultado esperado para o esmagamento e refino.

Os preços relativos da cadeia produtiva registraram baixa na comparação entre os primeiros trimestres de 2023 e de 2024, de modo que se estima recuo de 33,15% da renda real. Com isso, o PIB deve ser de R$ 422 bilhões em 2024 – mesmo com a queda importante, o valor ainda supera significativamente o patamar anterior à pandemia.

MERCADO DE TRABALHO – A população ocupada (PO) na cadeia produtiva da soja e do biodiesel iniciou 2024 com redução de 4,65% frente ao primeiro trimestre do ano anterior, atingindo 2,28 milhões de pessoas, acompanhando o comportamento do PIB. A baixa é explicada pelos resultados negativos para a soja e para os agrosserviços, amenizada pelo avanço do emprego nas indústrias. As participações da cadeia produtiva na PO do agronegócio (9,69%) e na da economia brasileira (2,28%) caíram marginalmente frente a 2023, embora ainda sejam as segundas maiores da história.

COMÉRCIO EXTERIOR – No primeiro trimestre de 2024, as exportações da cadeia de soja e do biodiesel (soja in natura, farelo de soja, óleo de soja, glicerol, biodiesel e proteína de soja) totalizaram 27,59 milhões de toneladas, 12,97% acima do mesmo trimestre de 2023. Em contrapartida, o valor exportado recuou 11,33%, totalizando US$ 12,42 bilhões, devido à queda dos preços de exportação (-21,51% no período). Esse cenário é similar ao observado entre 2022 e 2023.

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